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Agressão filmada: menino que apanhou da mãe perto de escola é autista

Vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o garoto caído na calçada, sendo puxado pela mãe. Ela deu tapas na cabeça, no rosto e no braço do menino

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Imagem colorida de uma mulher, de camiseta azul e calça preta, segurando o filho, caído em uma calçada rodeada de terra
1 de 1 Imagem colorida de uma mulher, de camiseta azul e calça preta, segurando o filho, caído em uma calçada rodeada de terra - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O garoto agredido pela própria mãe próximo à Escola Classe 102 Sul, onde estuda, é portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com a diretoria da instituição. O menino foi visto caído enquanto recebia tapas em uma calçada, no início da tarde desta terça-feira (24/9).

A idade do estudante não foi informada. A escola dá aulas para crianças de 6 a 12 anos.

A cena revoltante foi filmada por testemunhas. Um vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o garoto caído na calçada, sendo puxado pela mãe. A mulher dá diversos tapas na cabeça, no rosto e no braço do menino.

Assista:

A mulher que gravou as agressões disse ao Metrópoles que, por volta de 13h, ouviu gritos vindos da rua e foi à janela para ver o que estava acontecendo.

“Meu marido e eu vimos a mulher e a criança saindo de um carro. Nesse momento, ela começou a gritar com ele. Voltei para casa, mas, em seguida, voltei a ouvir uns gritos, dessa vez do menino, que dizia: ‘Não, mãe’”, conta a mulher.

“Nesse momento, fui de novo à janela e vi a mulher batendo na criança. Dei um grito para ver se ela parava, mas não adiantou.”

Um integrante da diretoria da EC 102 Sul, que prefere não se identificar, conta ao Metrópoles que conversou com a mãe após as agressões. “Ela estava muito alterada, nervosa, chorando muito”, diz. A criança estuda à tarde e estava chegando para a aula.

Ainda de acordo com o gestor, a mulher não explicou por que agrediu o próprio filho daquela forma. “Eu perguntava para ela se ela queria alguma coisa, se precisava de alguma ajuda, e ela só recusava, sem dar mais detalhes”, afirma.

Por fim, a escola fez contato com o companheiro da mulher, que é pai do menino. O homem levou os dois para casa.

Em contato com a reportagem, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) disse que não havia, até a última atualização deste texto, acionamento para o caso.

A Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), responsável pelos conselhos tutelares do DF, informou que ordenou ao Conselho Tutelar da Asa Sul a apuração do caso. A pasta reiterou ainda que episódios de maus-tratos, crueldade, negligência, abuso e exploração, trabalho infantil, entre outras situações, devem ser denunciados pelos cidadãos (veja a lista dos conselhos tutelares do DF, com telefones e endereços).

A população também pode contatar a Central 162 (Ouvidoria-Geral do DF) ou o Disque 100 (Disque Direitos Humanos do Governo Federal), ou mesmo a Cisdeca (125).

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