Escalpelada por kart iria escolher vestido de formatura nesta semana
Heloisa Cristina Heliodoro, 17, perdeu 80% do couro cabeludo em um acidente em uma pista de kart. Ela foi escalpelada e aguarda cirurgia
atualizado
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A adolescente Heloisa Cristina Heliodoro, 17 anos, que foi escalpelada ao participar de uma corrida de kart no Distrito Federal, vai se formar no ensino médio neste domingo (17/12).
Para o baile de formatura do colégio, o Objetivo de Valparaíso, Heloísa planejava escolher um vestido ao longo desta semana. Porém, o acidente com o kart interrompeu os planos. No último domingo (10/12), a adolescente perdeu 80% do couro cabeludo.
Agora, Heloisa está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde aguarda por uma cirurgia.
Segundo a mãe dela, Beth Heliodoro, a jovem precisa receber um curativo de bomba à vácuo para recuperar os ferimentos. Depois, ela poderia passar pela cirurgia para inxertar o tecido perdido.
Nesta segunda-feira (14/12), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou que o Hran realizasse o curativo. Porém, segundo Beth, o curativo ainda não foi feito por falta de equipe no hospital.
“Infelizmente, a gente não conseguiu ainda o curativo à vácuo, mesmo com a liminar, porque não tem equipe para fazer esse serviço”, disse Beth ao Metrópoles.
Por volta das 14h30, a Secretaria de Saúde do DF informou que Heloísa foi submetida ao curativo cirúrgico no final da manhã de quinta. “A paciente e os responsáveis legais receberam explicações acerca da técnica anestésica e procedimento propostos. O material do curativo a vácuo foi disponibilizado para a paciente.”
A SES/DF informou, ainda, que durante a avaliação em centro cirúrgico, a adolescente não estava em condições para instalação do curativo a vácuo. “Assim, a cada troca de curativo será feita uma nova avaliação”, completa a nota.
Acidente no kart e socorro
O acidente aconteceu em uma pista no Paranoá, no Distrito Federal, no domingo (10/12). A mãe da adolescente explicou que, apesar de a empresa de kart ter cedido o equipamento para a corrida, não houve orientação para que amarrasse o cabelo.
Heloisa foi socorrida na pista e deu entrada no Hospital de Base. Segundo a mãe, a demora em transferir a menina para outra unidade de saúde impediu que o tecido fosse reimplantado.
“O hospital nos atendeu, mas deixou ela muito tempo sem transferir para o outro, e ela perdeu o tecido que poderia ser aproveitado. Perdeu a oportunidade de fazer uma cirurgia e implantar novamente. São muitas coisas. Ela só tem 17 anos.”