Melhora quadro do torcedor do Flamengo agredido no Mané Garrincha
A Secretaria de Saúde informou que o resultado da tomografia foi normal e, no momento, o paciente permanece estável e sem previsão de alta
atualizado
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O flamenguista Evandro Gatto, 48 anos, que ficou gravemente ferido durante uma briga entre torcidas organizadas no estádio Mané Garrincha, nesse domingo (5/6), apresentou melhora em seu estado de saúde, mas segue internado no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Segundo boletim da Secretaria de Saúde, o resultado da tomografia foi normal e, no momento, o paciente permanece estável e sem previsão de alta. Todos os envolvidos na pancadaria foram liberados pela Polícia Civil.
Outras duas pessoas machucadas na confusão e levadas à unidade da rede pública também estão fora de risco e tiveram alta, depois de passarem por avaliação nas especialidades de cirurgia geral e ortopedia.
Gatto veio de Petrópolis (RJ) para assistir ao jogo entre Flamengo e Palmeiras na capital federal. Em junho de 2015, ele foi detido após uma briga na Arena Pantanal, em Cuiabá, em uma partida do rubro-negro contra o Vasco. Nessa confusão também foram presos torcedores da Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras. Ao todo, 21 pessoas teriam sido levadas para a delegacia.A briga dentro do estádio começou quando a torcida do Palmeiras deixou o local reservado na arquibancada e saiu correndo pelo lado externo do anexo II, onde estava a torcida do Flamengo. Os seguranças tentaram, mas não conseguiram conter os palmeirenses. Quando a PM foi acionada, os alviverdes estavam com o rosto tampado com camisetas.
Houve confronto entre as duas torcidas, mas a polícia usou gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Vários torcedores ainda entraram para a área dos bares, arremessaram lixeiras contra os policiais, e a corporação reagiu com bombas e spray novamente.
Identificação
A Polícia Civil aguarda o torcedor se recuperar para o interrogá-lo e tentar identificar os agressores. Três sargentos da PM saíram feridos no confronto. Um teve o nariz quebrado por uma pedrada; outro, as mão perfuradas por estilhaços, e o terceiro teve um extintor arremessado nas suas costas.
Na noite de ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil chegou a divulgar que o torcedor havia morrido, mas o delegado Miguel Lucena explicou em seguida que o Hospital de Base havia passado uma informação incorreta.
Ainda de acordo com a PCDF, agentes da delegacia estiveram no Hospital de Base na tentativa de ouvir as vítimas. Porém, não conseguiram já que os torcedores agredidos estavam com lesões em suas faces, de modo que não conseguiam verbalizar qualquer informação que possibilitasse a identificação de agressores.
Após o conflito entre as duas torcidas, a Polícia Militar encaminhou cerca de 30 de torcedores do Palmeiras à 5ª Delegacia de Polícia, na área central de Brasília. A maior parte do grupo é composta por paulistas. Ainda na noite de domingo, eles prestaram depoimento e foram liberados. Os suspeitos não ficaram detidos porque não houve flagrante, segundo informou a Polícia Civil. No decorrer das investigações, os envolvidos podem ser indiciados pelos crimes que ainda serão apurados.
Ao fim da partida, os torcedores organizados do Flamengo e Palmeiras deixaram o estádio sem maiores transtornos. O Batalhão de Choque da PM escoltou os flamenguistas para a Asa Norte e Ceilândia, enquanto a Rotam conduziu os palmeirenses para o Cave, no Guará.
O outro lado
Procurada pela reportagem do Metrópoles, a Secretaria de Turismo e Esporte do DF, que administra o Mané Garrincha, lembrou que toda a organização e segurança do jogo é de responsabilidade dos produtores do evento, no caso o time carioca.
As brigas entre torcedores estão cada vez mais comuns no Estádio Mané Garrincha. Em fevereiro, no confronto entre Flamengo e Fluminense, membros das torcidas organizadas “Raça Rubro-Negra” e “Torcida Jovem do Flamengo” entraram em confronto e um homem chegou a ameaçar torcedores com uma arma de fogo.
Uma confusão também marcou a partida entre Vasco e Corinthians, em 2013. Membros de torcidas organizadas do Timão aproveitaram a falta de divisórias e invadiram o setor destinado aos vascaínos. Surpreendida, a Polícia Militar teve trabalho para mandar os corintianos de volta ao local onde estavam posicionados.