metropoles.com

TCDF suspende audiências para instalação de parques no Lago Paranoá

Corte acatou denúncia feita por moradores da QL 12, que afirmam não terem contado com acesso a documentos antes das audiências públicas. Decisão é mais uma a complicar novas intervenções à beira do reservatório

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
lixo retirado do lago paranoá
1 de 1 lixo retirado do lago paranoá - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As polêmicas que envolvem a discussão das obras às margens do Lago Paranoá voltaram a ganhar corpo desde que, em 2015, começaram as ações de desobstrução da faixa em volta do espelho d’água. Após a Justiça Federal suspender qualquer intervenção ao redor do reservatório e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) embargar a construção do Deck Sul, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) reforça os obstáculos para modificações do espaço. Em decisão publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (16/5), a Corte cancelou o chamamento para audiências públicas que debateriam os detalhes para a instalação de parques ecológicos à beira do lago.

As audiências estavam marcadas para os dias 30 de abril, 7 e 14 de maio, mas não foram realizadas depois que a Associação de Moradores da QL 12 entrou com denúncia apontando supostas ilegalidades cometidas pelo Governo do Distrito Federal quando o Ibram convocou a população para as discussões.

Os moradores alegaram que o instituto teria descumprido obrigações estabelecidas em lei, como prazos, formas de publicação e  acesso a documentos técnicos que permitiriam à população opinar com maior propriedade sobre o assunto. Em nota, o TCDF conta que os moradores afirmaram ainda que o GDF teria divulgado a intenção de iniciar as obras logo após a realização das consultas públicas, ou seja, antes de ser finalizado o processo de discussão que estabelecerá os usos para a região.

Exigências
Assim, o Tribunal determinou que o Ibram defina, antes das audiências, detalhes como a localização, a dimensão e os limites dos seis parques ecológicos a serem implantados às margens do Lago Paranoá: o Parque Ecológico Península Sul; o Parque Vivencial do Anfiteatro Natural do Lago Sul; o Parque de Uso Múltiplo do Lago Norte; o Parque Ecológico das Copaíbas; o Parque Ecológico Canjerana; e o Parque Ecológico Garça Branca. Ainda de acordo com o TCDF, não cabe ao órgão “intervir em questões de natureza ambiental ou urbanística, mas há a possibilidade de reflexos desse caso na gestão dos recursos públicos”.

O governador está com olho grande na orla. Ou você acha que é coincidência querer tornar comercial, com a desculpa de utilização por parte da população, as áreas com metros quadrados mais caras do DF?

Marcos Coelho, presidente da Associação de Moradores da QL12

Agora, o Ibram tem 30 dias para se manifestar sobre as supostas ilegalidades. Em nota, o órgão informou que acatará a decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal e que está preparando os devidos esclarecimentos. “As consultas públicas serão remarcadas tão logo a questão seja resolvida junto ao TCDF”, completou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?