Reservatório do Descoberto se aproxima do nível crítico
Na terça (18/10), a barragem tinha apenas 26,8% da capacidade total. Caso alcance o patamar de 25%, brasilense pagará a mais na conta de água
atualizado
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Os reservatórios hídricos do Distrito Federal estão cada vez mais baixos e aproximam-se do ponto crítico de 25%. Se cair a esse patamar, a conta de água ficará mais cara para os brasilienses, segundo o plano de contingenciamento estabelecido pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa). O órgão acredita que o limite de 25% pode ser alcançado no fim de semana.
Na terça-feira (18/10), o nível do reservatório do Descoberto, responsável por 60% do abastecimento do DF, chegou ao percentual de 26,8% da capacidade máxima. O reservatório de Santa Maria, que fornece 20% da água na região, esteve próximo dos 44% de seu volume total.Segundo publicado no Diário Oficial do DF no último dia 10, caso um dos dois principais reservatórios da capital federal chegue ao nível de 25%, será aplicada uma tarifa de contingência para quem consumir água acima do limite estipulado pela agência.
Os custos extras serão aplicados às unidades consumidoras que utilizarem mais de 10 mil litros de água por mês. Estão excluídos da norma, no entanto, hospitais, hemocentros, centros de diálise, prontos-socorros, casas de saúde e estabelecimentos de internação coletiva.
As unidades que mais terão acréscimo serão as residências normais, que pagarão 40% a mais. As casas populares, por sua vez, terão aumento de 20%. O tipo de material utilizado na construção e o porte da residência determinam a categoria na qual elas se encaixam. Também sofrem 20% de acréscimo os prédios comerciais, os industriais e os que abrigam órgãos públicos.
Consumo reduzido
Se o céu não tem ajudado com chuvas fortes, parte da população parece ter entendido a necessidade de uso responsável da água. O consumo medido no mês de agosto foi de 16,24 milhões de m³ em todo o DF. Em setembro, o valor medido caiu para 15,58 milhões de m³. Isso significa uma redução em torno de 4% entre os dois últimos meses, segundo dados da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
Ainda assim, é preciso manter os esforços. Caso os níveis do reservatórios alcancem nível abaixo de 20%, é implementado o regime de restrição, com racionamento no abastecimento de água.