Parque Vivencial do Varjão receberá 40 mil mudas do Cerrado
Plantio a partir desta quarta-feira (23/12) faz parte de compensação ambiental devido à criação do Setor Habitacional Noroeste
atualizado
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Cerca de 40 mil mudas de espécies do Cerrado serão plantadas em área de aproximadamente seis hectares (60 mil metros quadrados) no Parque Ecológico e Vivencial da Vila Varjão. O plantio começou na manhã desta quarta-feira (23/12) e segue até as primeiras semanas de janeiro. A iniciativa é da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), em parceria com a administração regional e o Jardim Botânico de Brasília.
O plantio serve como compensação ambiental relativa à construção do Setor Noroeste. Segundo o Decreto Distrital nº 14.783, de 1993, para cada exemplar nativo retirado da natureza, deve-se plantar outros 30; e para cada um exótico, dez. Segundo Mandai, a Terracap tem uma cota de 4.408.444 mudas a serem plantadas para compensar pelo Noroeste, mas a meta para cumprir a obrigação legal é de 6 milhões de novas árvores.
Segundo o chefe do Núcleo de Análise da Terracap, Pedro Mandai, a ação é parte da compensação ambiental devido à criação do Setor Habitacional Noroeste. “Faremos esse plantio também com o intuito de reflorestar as margens do Ribeirão do Torto, que fica no parque”, informa.
O administrador do Varjão e do Lago Norte, Leandro Casarin, diz que a comunidade local está convidada a participar. “Estamos mobilizando os moradores para que eles se apropriem e cuidem da nossa natureza”, enfatiza.
Espécies
Os tipos de mudas a serem plantadas são consideradas de mata de galeria — vegetação predominantes nas beiras de rios, nascentes, lagos. Há mais de 30 espécies, como copaíba, ingá-mirim, jenipapo e tamboril-da-mata. Também estão previstos angicos, ipês-amarelos, mulungus, oitis, paineiras e paus-pombos.
As mudas são de dois viveiros da empresa pública. Um deles existe por meio de convênio com o Jardim Botânico de Brasília, firmado em 2009, e abriga acervo de aproximadamente 200 tipos de plantas. O outro, desde 2012, é fruto de parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e já produziu mais de 400 mil espécies em quatro anos.