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Foto de Puma no Parque Nacional de Brasília agita o Facebook

ONG flagra o espécime, raro no DF, em reserva ambiental. Estima-se que haja ao menos 14 exemplares pela região

atualizado

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Facebook/Reprodução
puma na Água Mineral
1 de 1 puma na Água Mineral - Foto: Facebook/Reprodução

Uma foto chama a atenção dos brasilienses nas redes sociais. Na segunda-feira (15/2), o Parque Nacional de Brasília Água Mineral publicou, em sua página oficial no Facebook, uma imagem com um puma bem perto da câmera. Em quatro dias, a postagem recebeu mais de 130 mil visualizações. O registro foi feito dentro das imediações da reserva, que possui 42 mil hectares, e levantou um série de dúvidas entre os internautas. Como conseguiram tirar uma foto tão próxima do animal? Ele é perigoso para os visitantes? O Metrópoles conversou com especialistas para esclarecer as questões sobre o espécime — cujo nome científico é Puma concolor —, também chamado de onça-parda e suçuarana.

A foto foi clicada em janeiro, por meio de uma armadilha fotográfica acoplada a um sensor de movimento. O equipamento foi armado em meio ao cerrado selvagem da Água Mineral — essa foi a melhor maneira de encontrar o animal, difícil de ser visto na natureza.

Como se trata de um felino de hábitos noturnos e bastante solitário, o puma não representa perigo para o ser humano.

Ele sente nosso cheiro a distância e assim que percebe a presença das pessoas se afasta rapidamente

Juliana Alves, gestora do Parque Nacional

Por essa razão, nunca houve caso de ataque contra frequentadores das piscinas e das trilhas ecológicas.

O equipamento foi montado pela equipe do Brasília é o Bicho, braço local da ONG de atuação internacional Nex no Extinction, que financia a iniciativa. “Temos como objetivo identificar espécies em risco de extinção e contribuir para a construção de estudos científicos sobre os animais”, explica Marina Motta de Carvalho, pesquisadora na instituição. A parceria com o Parque Nacional nasceu em agosto de 2015.

Para a equipe de pesquisa, o aparelho permite encontrar muitas espécies que se pensava estarem extintas no Distrito Federal. As onças-pintadas, por exemplo, só foram realmente identificados por fotos em Brasília em 2014. Hoje, estima-se que existam 14 exemplares pela região. “Para melhorar nossa performance, queremos investir em colares de GPS, que poderão nos dar informações sobre os animais 24h por dia. Porém, ainda precisamos captar recursos para que isso se torne realidade”, diz Marina.

Pesquisas científicas
O clima de animação com a foto do puma é geral. “Isso mostra como o parque está cumprindo a sua função primeira, que é resguardar a integridade dos animais que se encontram na região”, comemora Juliana. Ela também diz que, dificilmente, o felino avançará em áreas urbanas, pois o parque se interliga com duas outras Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que se estendem para Goiás. “Com isso, queremos motivar a transformação do território em área de preservação integral, voltado para o uso indireto, como a produção de pesquisas científicas.”

No dia 3 de março, data em que se comemora a Vida Selvagem, a página oficial do Parque Nacional no Facebook divulgará imagens de outros animais identificados pelas armadilhas fotográficas. Entre eles, estão o tamanduá-bandeira e o lobo-guará. Vale a pena ficar de olho.

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