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Moradores da QL 14 do Lago Sul marcam protesto por mais segurança

População local exige celeridade em obras de infraestrutura às margens do Lago Paranoá. Ato que será realizado na manhã desta terça (19/7) ocorrerá após criminosos roubarem residência na QL 14. Bandidos invadiram o local em área derrubada pelo GDF na semana passada

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília.
derrubada desobstrução QL 14
1 de 1 derrubada desobstrução QL 14 - Foto: Tony Winston/Agência Brasília.

A invasão e o roubo à casa do dono da RedeTV!, Amilcare Dallevo Júnior, na QL 14 do Lago Sul, na tarde de sábado (16/7), deixaram os moradores da região apreensivos. Especialmente porque os criminosos entraram na mansão do empresário pela área às margens do Lago Paranoá desobstruída pelo GDF na semana passada. Como reação, a quadra promove um protesto, na manhã desta terça (19), para cobrar mais segurança das autoridades.

Entre os pontos levantados pelos moradores, estão a falta de diálogo e a demora para instalação de infraestrutura nos locais desobstruídos. “Em nenhum momento fomos chamados para debater os planos para a região. Não há um canal aberto com o governo. Tentamos levar um projeto com 28 bolsões de acesso ao Lago para que as pessoas pudessem usufruir do local sem prejudicar os habitantes. O plano atual é inviável, não há ao menos espaço para todos estacionarem nas proximidades”, alega Marconi de Souza, presidente da Associação dos Amigos do Lago Paranoá (Alapa).

Para o secretário adjunto da Casa Civil, Fábio Pereira, o momento de maior participação popular ainda ocorrerá. “Nesta primeira etapa mais urgente, de desobstrução e implementação de infraestrutura básica, não há muito o que debater. Mas, no mês que vem, faremos um edital, construído com ajuda da população, para promover um concurso internacional de paisagismo e urbanismo para a orla. Nessa etapa, de médio e longo prazo, o envolvimento dos cidadãos será fundamental”, diz.

Até lá, o jeito vai ser conviver com a insegurança, reclama o presidente da Associação de Moradores da QL 12, Marcos Coelho. “A polícia tem feito o trabalho dela de forma eficiente, mas não consegue estar em todos os lugares a todo momento. E, sem a devida ocupação da orla, com guaritas e seguranças, as residências ficam expostas. O que temos feito é reforçar redes de comunicação comunitárias, com sistemas de vigilância particulares e estreitar a relação entre vizinhos”, afirma.

Apesar do temor da população, o representante da Casa Civil Fábio Pereira acredita que os casos recentes de assaltos no Lago Sul não são, necessariamente, consequência direta da desobstrução. “Trabalhamos com o sistema de aviso prévio. Assim, os moradores da região já sabiam das operações há meses. Tempo suficiente para a construção de novos cercamentos. Mas alguns proprietários acreditavam que as ações não seriam retomadas após a suspensão judicial, deixaram para última hora e, agora, contam com cercas precárias”, explica o secretário adjunto. Segundo ele, o policiamento ostensivo na região é frequente, incluindo nos parques às margens do Lago.

Quanto à dúvida em relação aos gastos da operação, a Casa Civil esclarece que os ocupantes de área pública arcarão com as ações do GDF. “De acordo com decisão do juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário, a remoção do entulho decorrente da demolição das obras, muros e cercas ilegais é de responsabilidade de quem construiu. Caso o proprietário do terreno não promova a limpeza do local, a administração pública poderá fazê-la, cobrando os custos da operação”, informou a pasta em nota

Planos futuros
Até o momento, cinco quadras fizeram parte das derrubadas promovidas pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) — as QLs 10, 12 e 14 do Lago Sul e as QLs 2 e 4 do Lago Norte. Nesta segunda (18), foi retomada a desobstrução na QL 14. O próximo local que receberá as equipes do órgão é a QL 16 do Lago Sul, próximo ao Parque da Asa Delta.

Os parques da Península estão fechados para visitação durante as operações devido aos riscos de acidentes — ainda assim, é possível ver pessoas que facilmente passam pelos portões. O plano do GDF é reabrir os locais em dois meses.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

“Haverá trilha de 6,5km de comprimento entre o Parque da Asa Delta e o Parque da Península, e 4m de largura. A trilha estará pronta em dois meses, após a conclusão dos serviços de limpeza e retomada das obras no local, o que deve ocorrer na semana que vem. Sobre o plantio de árvores, quando começar o período de chuvas, 30 mudas serão repostas. Vale destacar que o governo de Brasília já plantou 300 mudas no local no fim do ano passado”, afirma Pereira.

Na outra margem do Lago, na L4 Sul, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) informou que as obras do Deck Sul estão previstas para serem concluídas no fim de outubro deste ano, após meses de atraso em relação à previsão inicial.

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