Fechado, lixão da Estrutural recebe camada de entulho e terra
Trabalho é feito na área de 4 hectares onde atuavam os catadores de material reciclável. Objetivo é diminuir o chorume e espantar animais
atualizado
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Desde o fechamento do aterro controlado do Jóquei no sábado (20/1), conhecido como lixão da Estrutural, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) iniciou a cobertura da área. O objetivo é diminuir o chorume, que pode causar graves danos ao meio ambiente, e espantar animais.
Esse trabalho ocorre em três etapas. Primeiro, o lixo doméstico é espalhado, depois, compactado e, por último, coberto com entulho de obra e terra. Os funcionários da empresa terceirizada que opera o lixão trabalham neste momento em uma área de 4 hectares (40 mil m²), onde atuavam os catadores de materiais recicláveis.
De acordo com o diretor-técnico do SLU, Paulo Celso dos Reis Gomes, antes da desativação do lixão, o serviço era feito a cada 15 dias para dar espaço para os catadores. “Agora, podemos entrar em todas as áreas, fazer a compactação do lixo e cobrir os resíduos domiciliares.”A cobertura tem cerca de 50 cm de espessura e, além de reduzir a quantidade de chorume e a presença de animais como urubus, ajuda a concentrar a maioria dos gases nos cerca de 300 dutos verticais instalados no lixão.
Após o fechamento do lixão, a área ficará restrita para o descarte de resíduos da construção civil. Pelos próximos dias, enquanto a área é preparada, esse material deve ser destinado aos distritos rodoviários do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), para, posteriormente, seguirem para a área do antigo lixão.
Com o lixão desativado, o governo vai estabelecer a destinação do terreno, e o Aterro Sanitário de Brasília entra em pleno funcionamento.
Fechamento
O fim do lixão da Estrutural ocorreu depois de quase 60 anos em atividade. Em uma área de 201 hectares, o depósito a céu aberto é o segundo maior do mundo. Apenas em 2016, foram 830 mil toneladas de resíduos domiciliares aterrados no local.
O montante faz parte, segundo estimativa do SLU, das cerca de 40 milhões de toneladas de lixo aterradas naquela área desde a década de 1960, quando a região da Estrutural começou a ser utilizada para esse fim.