metropoles.com

Dois em cada três brasilienses culpam GDF pela crise hídrica

Pesquisa encomendada pelo Metrópoles aponta que 66% da população responsabiliza o governo por não tomar medidas para evitar a falta d’água

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Barragem do Descoberto – racionamento de água
1 de 1 Barragem do Descoberto – racionamento de água - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Desde o início do ano, o Distrito Federal enfrenta uma crise hídrica de proporções nunca antes vistas na capital. Entre o racionamento de água e a preocupação com os níveis dos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto, surge uma questão: de quem é a culpa? Para 66,6% dos brasilienses, a resposta objetiva é o governo local.

Uma pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados mostra que, quando questionados sobre a culpabilidade pela crise hídrica, dois terços da população responsabilizam o governo, porque “não buscou alternativas para evitar a falta d’água”.

Em segundo lugar (12,2%), os entrevistados apontaram a própria população como a culpada pela crise hídrica, por não ter sido “educada para fazer economia de água”.

Os reservatórios, “que parecem furados porque chove e eles não enchem”, foram indicados como responsáveis, de acordo com 2% das pessoas. Até São Pedro, considerado pelos católicos como o encarregado por mandar o aguaceiro, foi citado como culpado, por 1,8% dos entrevistados. Para eles, o santo “não faz chover o suficiente”.

O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 12 de dezembro e ouviu 1,2 mil habitantes da capital federal. As entrevistas foram feitas pessoalmente e abrangeram moradores de 30 regiões do DF. A margem de erro da pesquisa é de 2%, e o nível de confiança, de 95%.

Editoria de Arte/Metrópoles

A crise hídrica que atinge o Distrito Federal teve início ainda no ano passado, quando os índices pluviométricos ficaram abaixo do esperado e levaram os reservatórios utilizados para o abastecimento da capital a terminar 2016 com níveis baixos. Durante os primeiros dias do ano, a situação se agravou e, em 16 de janeiro, teve início o racionamento de água, ainda sem prazo para acabar.

Falta de planejamento
Especialistas ouvidos pela reportagem à época afirmaram que o desabastecimento era previsto há pelo menos 12 anos, por isso o Governo do Distrito Federal deveria ter tomado medidas para resolver o problema.

“Na época, o governo decidiu apostar todas as fichas na captação em Corumbá. Mas o projeto, grandioso, demandou alto investimento e, devido a problemas diversos, não começou a funcionar até hoje”, disse o especialista em recursos hídricos e professor da Universidade de Brasília (UnB) Sérgio Koide.

Com o objetivo de reduzir os impactos do problema, o Executivo local inaugurou, em outubro, serviços de captação de água no Lago Paranoá e no Subsistema Bananal. As obras de Corumbá, no entanto, continuam, e a entrega está prevista para dezembro de 2018.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?