Babalu é o novo tamanduá-mirim do Jardim Zoológico
Recuperado pelo Ibama em novembro passado, animal poderá ser visto neste mês pelos visitantes, mas ainda sem data definida
atualizado
Compartilhar notícia
O Zoológico de Brasília ganhou um novo integrante. Com apenas 93 centímetros e 2,4 quilos e pouco mais de 6 meses de vida, o tamanduá-mirim fêmea, Babalu, poderá ser visto pelos visitantes da a partir desta primeira quinzena de janeiro. A data ainda será definida.
Resgatado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o animal está no zoológico desde novembro de 2015. Quando chegou, pesava 1,8 quilo e precisava de ajuda para se alimentar. Agora não mais.
No entanto, Babalu não apresenta mais características de um animal de ambiente natural. “Ele está humanizado e não teve a mãe para ensiná-lo a buscar alimento e a se defender”, explica a assistente veterinária da fundação, Betânia Borges. “Geralmente, filhote criado por ser humano não sobrevive na natureza”, completa.
Adaptação
Por enquanto, Babalu está no hospital veterinário do zoológico e é alimentado três vezes por dia. Quando for para visitação, ficará no recinto de um dos dois machos da espécie que já estão no zoo.
“Vamos aproximar primeiramente de algum deles. Se ele reagir de maneira positiva, o tamanduá fêmea permanece. Caso contrário, vamos para a segunda opção (o outro tamanduá macho)”, explica o agente de conservação e pesquisa da Diretoria de Mamíferos, Carlos Eduardo Nóbrega. Um dos machos é Jujubo, que chegou ao zoo em 2009 e tem aproximadamente 6 anos. Já Caramelo tem cerca de 4 anos e está no local desde 2012.
A ideia é que os animais procriem e ajudem na conservação da espécie. “Apesar de não ser ameaçada de extinção, é uma espécie que envolve vários trabalhos, estudos e pesquisas”, explica Nóbrega.
A espécie
O tamanduá-mirim é uma das quatro espécies de tamanduá existentes. Pode atingir 7 quilos e, em média, 1,3 metro na idade adulta. É mamífero e alimenta-se principalmente de formigas e cupim. No Jardim Zoológico de Brasília, a dieta desses animais é balanceada com proteína, que tem nutrientes semelhantes aos encontrados por eles na natureza.