Agricultores dizem que crise hídrica pode aumentar preço de alimentos
Alerta foi feito em audiência pública na Câmara Legislativa, da qual também participou o GDF
atualizado
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Prejudicados pelo racionamento de água, os agricultores do Distrito Federal alertaram, nesta quarta-feira (25/1), que o preço dos alimentos pode subir. O anúncio foi feito durante audiência pública com representantes da sociedade civil, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), do GDF e deputados distritais. No evento, ocorrido na Câmara Legislativa, os produtores rurais ainda reclamaram por terem os processos de outorga suspensos devido à crise hídrica.
Após ser acusado de prejudicar a produção das áreas atingidas pelo cancelamento dos processos de outorga, o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), Paulo Salles, disse que o órgão está atento à questão dos agricultores. “Estamos trabalhando para que as pessoas possam voltar a usufruir dos aquíferos”, afirmou.Segundo um representante dos agricultores de Brazlândia, se a autorização legal para a utilização dos mananciais próximos às propriedades não for autorizada, as plantações serão perdidas, assim como a criação de animais. Essa situação pode provocar desemprego na região e até mesmo comprometer a Festa do Morango, que ocorre anualmente na região.
Investimentos
Na audiência pública, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Ludovice, disse que o governo investiu R$ 765 milhões na compra de equipamentos, como válvulas de redução de pressão e para a captação de recursos hídricos.
Já o secretário de Meio Ambiente, André Lima, afirmou que a culpa pela atual crise hídrica passa por todas os partidos que governaram o Distrito Federal. Lima ressaltou ainda que os órgãos responsáveis pelo monitoramento da crise preveem que 2017 terá poucas chuvas. “Torço para que isso não ocorra, mas precisamos trabalhar com essa probabilidade para nos preparar.”
Lima anunciou também que o GDF enviará à Câmara Legislativa projetos para a proteção do solo, entre eles, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que está sendo elaborado por uma frente de trabalho dentro do governo.