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Medo do coronavírus obriga população do DF a ficar em quarentena

De agências bancárias a cinemas, parques e escolas, os brasilienses nunca viram tantas atividades suspensas quanto neste período de pandemia

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Servidor hasteia bandeira do Brasil em frente ao Anexo do Palácio do Buriti
1 de 1 Servidor hasteia bandeira do Brasil em frente ao Anexo do Palácio do Buriti - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Distrito Federal amanheceu de quarentena nesta quinta-feira (19/03). Desde que a capital teve o primeiro caso confirmado do novo coronavírus, brasilienses se viram obrigados a alterar a rotina em função das medidas adotadas pelo governo local para frear o crescimento assustador do número de casos. Agora, a população se vê às voltas com uma nova realidade, marcada por muitas restrições.

Entre as determinações, vigorava a suspensão de aulas, o cancelamento de eventos com grande aglomeração de pessoas e de cerimônias religiosas, além do fechamento de cinemas, teatros e academias. A partir desta quinta-feira (19/03), a lista de proibições no DF atinge outro patamar: bancos, shoppings, parques, casas noturnas e boates têm de suspender as atividades.

Nem mesmo o Zoológico de Brasília escapou. Igrejas de diferentes religiões avisam aos fiéis que estarão fechadas, e algumas se programam para realizar celebrações on-line.

A rotina laboral também foi afetada. Nessa terça-feira (17/03), o Buriti anunciou o teletrabalho para servidores do grupo de risco e instituiu, até a sexta-feira (20/03), ponto facultativo. Em muitas empresas privadas, o regime de home office já é realidade.

Foram mantidos apenas os serviços considerados essenciais e de extrema utilidade pública. Portanto, seguirão funcionando os atendimentos nas áreas de saúde, segurança, vigilância sanitária, comunicação, assistência social, órgãos de fiscalização do consumidor, além da coleta do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e das fiscalizações da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal), e da Receita do Distrito Federal.

O que posso fazer de casa?

Com tantas atividades interrompidas, é normal que o brasiliense encontre dificuldades para resolver até mesmo problemas cotidianos. O Metrópoles elencou serviços que podem ser feitos sem que seja preciso sair de casa.

Sem poder circular pelas ruas devido ao risco de contágio, os brasilienses têm aumentado o uso dos aplicativos de delivery de comida. Os apps viram a demanda crescer durante a pandemia e ofertam, diariamente, descontos e promoções especiais para atrair novos consumidores. Alguns chegam a ter pratos por valores inferiores a R$ 1.

Há opções, também, para quem está impedido de sair de casa para fazer compras. O Rappi, por exemplo, entrega em domicílio produtos vendidos em supermercados e até atacadões. Alguns mercados também realizam entregas, a serem solicitadas por telefone ou pela internet.

As farmácias do DF, por sua vez, estão se mobilizando para responder as demandas de medicamentos. O serviço também poderá ser solicitado via telefone.

Será possível também realizar o pagamento de contas remotamente. Em função do fechamento dos bancos, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) decidiu adotar medidas para amenizar os efeitos negativos da pandemia.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) disponibiliza aplicativo para que o consumidor quite as dívidas via smartphone. No site da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), é possível realizar emissão de vias de documento, além de parcelamento de débitos e revisão da conta.

O Portal de Serviços do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) é uma alternativa de atendimento ao cidadão pela internet. Por meio da ferramenta, é possível ter acesso a 14 serviços on-line, basta realizar o cadastro. Quem tiver dúvidas, poderá saná-las pelo telefone 154.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda não anunciou medidas de suspensão de atendimentos em função do risco da doença. Por isso, as delegacias seguem operando normalmente. O registro de ocorrências através do site da corporação é uma alternativa para evitar o contágio.

A PCDF permite que sejam computados, virtualmente, boletins referentes a acidentes de trânsito, extravio de documentos, perturbação, ameaça, maus-tratos aos animais, ofensas raciais, estelionatos e furtos.

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