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Médico Wesley Murakami é condenado após aplicar PMMA e deformar mulher

O médico foi condenado em um dos quatro casos que tramitavam na Justiça do DF. Vítimas o acusam de aplicar de forma errada o PMMA

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O médico Wesley Noryuki Murakami foi condenado no processo em que era acusado de “deformar” o rosto de uma paciente ao realizar intervenções estéticas com aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato). A 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras determinou que o médico deverá cumprir 2 anos e três meses de reclusão em regime inicial aberto.

A Justiça entendeu que Wesley aplicou quantidades excessivas de PMMA e em áreas inadequadas do rosto de uma das vítimas. No total, quatro pessoas o processaram por lesão corporal grave, porém, o juiz André Silva Ribeiro declarou extinta a punibilidade do médico em três casos — um por prescrever; outro por desistência da vítima; e o último por falta de “elementos de prova”.

O único caso que foi responsável pela condenação de Wesley é relativo a um caso de setembro de 2015. A vítima, que pagou mais de R$ 8 mil por uma bioplastia no nariz. Após o procedimento, ela sofreu trombose venosa profunda, necessitou ser internada e, ainda, teve a evolução do quadro para tromboembolismo pulmonar.

O quadro a levou a ter incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias e causou “enfermidade incurável”.

Relembre o caso

No caso que levou à condenação de Wesley, a vítima conta que as lesões ocorreram em 2015. A mulher relatou ter recebido uma injeção com o mesmo produto embaixo do nariz. Ela chegou a aspirar parte do PMMA, sentindo-o em sua garganta. Dois dias depois do procedimento, constatou sinais de infecção na mucosa bucal, com pus, inchaço e dor.

A mulher não conseguiu contato com o médico em Brasília e foi até a emergência do Hospital Santa Helena. Lá, foi diagnosticada com trombose venosa profunda. O quadro se agravou para um tromboembolismo pulmonar, que a afastou de suas atividades por mais de 30 dias.

A mulher ficou com “bolsas” nos olhos, manchas de queimadura na região ocular e têmporas marcadas. Abalada, desenvolveu síndrome do pânico e foi aposentada por invalidez.

 

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