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Polícia suspeita que médica tenha matado filho de 3 anos por overdose

Depois do crime, a servidora da Secretaria de Saúde teria tentado se matar. Ela está internada no Instituto Hospital de Base

atualizado

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1 de 1 medica - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma médica da rede pública de Saúde do Distrito Federal está internada no Instituto Hospital de Base (IHBDF), na ala psiquiátrica, suspeita de matar o próprio filho, de 3 anos. Na sequência, a servidora teria tentado se matar. A principal linha de investigação da polícia é de que o menino tenha morrido de overdose. Diante da gravidade dos fatos, a Justiça decretou sua prisão preventiva e agentes fazem a custódia dela na unidade hospitalar.

“As circunstâncias, sobretudo o fato de ter matado seu próprio filho de 3 anos, bem como o modo como realizou a conduta (supostamente colocando remédio/veneno na mamadeira da criança), demonstra a necessidade da prisão. Tais circunstâncias confirmadas pelas testemunhas extrapolam enormemente a gravidade ínsita ao tipo de homicídio”, anotou a magistrada em sua decisão.

O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) confirmou ao Metrópoles a tentativa de suicídio e que havia uma criança atendida na mesma ocorrência.

A tragédia ocorreu por volta das 17h40 dessa quarta-feira (27/6), na 210 Sul, no quarto andar do Bloco J. A criança chegou a ser levada ao Hospital Materno Infantil (Hmib), mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais.

Segundo a polícia, Juliana de Pina Araújo, 34, foi encontrada com ferimentos nos pulsos e no pescoço. Ao lado do filho da servidora, havia uma mamadeira e remédios de uso controlado. Em janeiro deste ano, o menino já havia ficado — segundo informou o pai — três dias internado em uma UTI em hospital particular da Asa Norte, por ter ingerido remédios contra depressão usados pela mãe.

Os dois foram levados ao hospital por um morador e pelo porteiro, no carro da própria médica. “A criança estava desacordada e a mulher toda ensanguentada. Não falava nada e tinha uma aparência abalada. A mãe dela [avó do menino] gritava por socorro”, explicou Gilberto Santos, o vizinho que prestou ajuda.

O primeiro destino foi o Hmib, para tentar salvar o garoto. Gilberto carregava o menino nos braços. Ele, a avó e a médica estavam no banco de trás enquanto o porteiro dirigia.

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Família morava no 4º andar. Na janela, objetos da criança morta
Menino foi levado para o Hmib, mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais
A médica ficou temporariamente internada na ala psiquiátrica do Instituto Hospital de Base (IHB)
O Samu foi acionado, mas, quando a ambulância chegou, mãe e filho já tinham sido levados para o hospital
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Prédio na 210 Sul onde ocorreu a tragédia

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Família morava no 4º andar. Na janela, objetos da criança morta

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Menino foi levado para o Hmib, mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais

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A médica ficou temporariamente internada na ala psiquiátrica do Instituto Hospital de Base (IHB)

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O Samu foi acionado, mas, quando a ambulância chegou, mãe e filho já tinham sido levados para o hospital

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

 

Segundo a Polícia Civil, a médica está na ala psiquiátrica do IHB, devido ao quadro de provável surto. Juliana Araújo encontra-se sob custódia de agentes. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o crime. O pai da criança, cujo nome não foi divulgado, prestou depoimento na madrugada desta quinta (28). Abalado, mostrou-se surpreso com o fato. Segundo ele, a ex-mulher adorava o filho.

Funcionários do bloco da família contaram ao Metrópoles que o menino e a avó estavam no pilotis na manhã de quarta (27). De acordo com um dos colaboradores, o garoto teria dito: “Tia, deixa eu te ajudar a limpar os vidros?”

“Ele era muito brincalhão e alegre. Uma criança muito esperta e especial. A mãe era uma pessoa muito educada. A gente imagina que isso possa acontecer com alguém distante, mas nunca com alguém próximo”, disse um empregado do prédio.

Ainda de acordo com os funcionários, a avó teria contado que há cerca de duas semanas tentou convencer a filha a se internar, por estar muito deprimida, mas a médica não quis.

A Secretaria de Saúde informou que, a pedido da família, não divulgará informações sobre o caso.

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