Médica do Hmib recebe prêmio Marielle Franco de direitos humanos
Kyola Vale dedica-se a pautas com populações vulneráveis e faz trabalho voluntário no sistema socioeducativo para jovens
atualizado
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A psiquiatra do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Kyola Vale, 58 anos, recebeu o prêmio Marielle Franco, como servidora ativista pelos direitos humanos. A médica atende, há 15 anos, mulheres vítimas de violência, com gravidez indesejada, idosas, população LGBTQIA+, com enfoque principal na comunidade trans, e autistas.
Além de dedicar-se a pautas com populações vulneráveis, a psiquiatra faz trabalho voluntário no sistema socioeducativo para jovens. “Esse ativismo é minha vida. É uma galera que precisa muito e tenho o privilégio de atuar como médica. Eu me importo com as pessoas porque não são coisas, são sujeitos de direito, e tenho o prazer de conhecer cada mundo e caminhar junto”, destaca a profissional.
O Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos está na terceira edição e é concedido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A homenagem reconhece a atuação de defensores dos direitos humanos em diversas áreas. Além de prestigiar os selecionados, o reconhecimento contribui para que mais pessoas, organizações e servidores engajem-se nessa defesa.
Paciente da psiquiatra desde 2017, João Roberto dos Reis de Souza, 26 anos, relata que a médica busca compreender as diferenças nas relações de classe, raça e gênero. Ele foi encaminhado ao atendimento para o Hmib, após dar entrada no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “No meu caso, que sou homem trans, ela sempre me tratou com os pronomes corretos e isso faz com que eu não evada do tratamento”, afirma o paciente.
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