Maus-tratos: 22 cães são resgatados em situação de abandono no Guará
Homem é também investigado por ter agredido a matilha com pauladas por pelo menos um mês. Ele foi preso na quarta-feira
atualizado
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Vinte e dois cachorros foram resgatados da situação de abandono em uma residência no Guará. O tutor dos animais, Delson Alexandre Lima Braia, 42 anos, foi preso por maus-tratos aos cães. O flagrante ocorreu nessa quarta-feira (13/3) pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará).
O homem é também investigado por ter agredido a matilha a pauladas por pelo menos um mês. Em imagens é possível ver os animais aglomerados em um pequeno espaço.
Veja:
A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão determinado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). “Localizar e apreender todo e qualquer animal que esteja em condição de abandono/maus-tratos”, determinou o juiz Marcos Francisco Barbosa.
O juiz autorizou a urgência para o cumprimento da medida cautelar para resguardar a integridade dos animais.
A situação de abandono também teria apresentado transtornos aos vizinhos, pelo barulho dos cachorros e presente odor de fezes e urina, conforme apontou constou no processo.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi favorável à ação. Os animais foram resgatados e levados para a Zoonoses, da Secretaria de Saúde. O caso está com a 4ª Delegacia de Polícia (Guará).
“Cães não sofreram agressões”
Por meio de nota, a defesa de Delson afirmou que o tutor tem “extremo apreço pelos animais de toda espécie, sobretudo os domesticáveis, sem nunca ter submetido a maus-tratos nenhuma desses seres”. Além disso, detalhou que os 22 cães nunca sofreram qualquer tipo de maus-tratos, foram submetidos a ambiente degradante ou expostos a agressões.
“Pelo contrário. Os referidos cães sempre foram tratados como verdadeiros membros da família do sr. Delson Alexandre, sendo vacinados, castrados e bem cuidados, conforme será comprovado. Indispensável ressaltar que os autos do processo não apontam qualquer agressão aos animais. Diferentemente do que foi noticiado, em momento algum os cães sofreram agressões durante um mês”, enfatizou a defesa.
Ainda na nota, os advogados Ramon Oliveira Campanate, Allan Rodrigo Araújo de Abrantes e Diego de Oliveira Matos destacaram que o que consta no processo são falas de uma pessoa não identificada que disse ter presenciado a agressão denunciada. Porém, a defesa considerou “impossível extrair qualquer conclusão justa” diante disso.
“[…] As testemunhas ouvidas pelo delegado de polícia e identificadas na ocasião da lavratura da ocorrência revelaram que o sr. Delson era quem cuidava dos cães, limpando o canil e colocando água e comida para os animais, o que contradiz
a tese exposta pela autoridade policial. O que vem sendo veiculado pelos canais de comunicação, de que os animais sofreram agressões durante um mês, simplesmente não encontra guarida com a realidade fática, nem sequer a realidade processual”, ressaltaram os advogados. A defesa acrescentou que provará a inocência do cliente.