Mau cheiro incomoda servidores e usuários em postos do Detran-DF
Desde que o contrato para o serviço acabou, em janeiro deste ano, a limpeza nas unidades tem sido insuficiente, segundo Sindetran-DF
atualizado
Compartilhar notícia
Nos últimos dias, um mau cheiro tem incomodado quem frequenta postos do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). O Sindetran-DF, sindicato dos servidores do órgão, denuncia que a falta de um contrato específico para limpeza tem levado a situação à beira do insuportável.
Segundo a secretária-geral do Sindetran-DF, Patrícia Donato, na manhã de sexta-feira (16/2), alguns cidadãos que procuraram a unidade localizada no Setor de Transportes Rodoviários e Cargas (STRC), na antiga Vandel, chegaram a tampar o nariz em uma tentativa de bloquear a respiração do odor (foto em destaque).
O problema existe desde o início deste mês – o contrato acabou no fim de janeiro, de acordo com a sindicalista. Ela ressalta que, a partir de então, a faxina não tem sido suficiente.É a população que sofre. As cadeiras, o chão e os banheiros não estão limpos. Não é uma imundice, tipo greve de lixeiro, mas é ruim. A higiene está meia-boca
Patrícia Donato, secretária-geral do Sindetran-DF
Os 14 postos da autarquia atendem em torno de 6 mil pessoas por dia, segundo o Detran-DF. Em nota, o órgão disse que esperava renovar por mais um ano o contrato assinado em 2013, com gasto estipulado em R$ 360 mil mensais.
Uma decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), no entanto, suspendeu o acordo por causa de alterações realizadas pela empresa “no regime de tributação, solicitando reequilíbrio econômico e financeiro”.
Um novo processo para contratação do serviço está em andamento. O pregão eletrônico foi marcado para a próxima quinta-feira (22), informou o Detran-DF.
Detentos
Por meio de uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), o trabalho está sendo prestado, “em caráter excepcional”, por detentos, segundo o Detran-DF. “Em nenhum momento, o serviço de limpeza deixou de ser realizado”, frisa.
Patrícia Donato, no entanto, rebate: “A Funap não tem a mesma quantidade de funcionários que a empresa. Então, não limpa como uma companhia profissional faria”.