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Material escolar, postes, buracos. Veja reclamações mais comuns ao GDF

Ouvidoria-Geral do DF recebe uma média de 829 manifestações por dia. Painel criado pela CGDF estimula vigilância cidadã

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Material escolar, postes, buracos. Veja reclamações mais comuns ao GDF
1 de 1 Material escolar, postes, buracos. Veja reclamações mais comuns ao GDF - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

A Ouvidoria-Geral do Distrito Federal recebeu só neste ano 186 mil manifestações de todos os tipos. Seja pela internet ou por telefone, a média diária de contatos com o órgão ligado à Controladoria-Geral do DF (CGDF) chega a 829.

A maior parte, cerca de 66%, é de reclamações. Apesar de bem distribuídas entre assuntos e órgãos, a solicitação que destoou ao longo deste ano foi com relação ao Cartão Material Escolar (CME), custeio ofertado pela Secretaria de Educação para que estudantes da rede pública, beneficiários do Bolsa Família, tenham acesso a itens básicos como caderno, lápis e caneta.

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Três lotes foram liberados, mas muitas famílias não conseguiram receber o benefício principalmente por problemas cadastrais. Uma dessas pessoas prejudicadas foi Rosângela Barros, 44 anos. O cartão dela veio com um sobrenome errado.

“Recebi em dezembro o cartão e em janeiro fui ao BRB perguntar como fazia para trocar. Falaram que não tinha problema e eu ia receber de qualquer jeito. Veio a primeira parcela em março e nada. Liguei na ouvidoria, ficaram de me dar uma resposta e até hoje não recebi o dinheiro”, lamenta.

Em situação financeira difícil, ela diz que os mais de R$ 300 o quais ela teria direito ajudariam bastante nas contas da casa. “Acabou que eu mesma comprei as coisas, mas é bem difícil”, diz.

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Procurada sobre as mais de 11 mil reclamações, a Secretaria de Educação informou que haverá um quarto lote, “para aqueles que ainda não receberam, em razão de divergências nas bases de dados”.

Poda de árvores, postes, buracos e bueiros…

Assuntos recorrentes também são aqueles em que a população pede reparos gerais na rua, quadra ou conjunto onde moram. Sérgio Bueno, do Conselho Comunitário da Asa Norte (CCAN) e prefeito da quadra 106, onde mora, diz que já chegou a fazer até 40 solicitações ao longo do ano.

“As atendidas foram aquelas com relação às bocas de lobo. Elas se quebram, por serem muito antigas, e a gente pede para que haja uma substituição. Poda de árvore demora 2 ou 3 anos, mas acontece”, conta.

A maior parte, no entanto, ele conta que não é realizada. “A gente pediu para recuperar o parquinho de areia e não vieram. A troca da areia foi feita com recursos de todos os blocos, mobilização nossa. A mudança das lâmpadas dos postes também conseguimos foi por outros meios”, elenca Sérgio.

Índice de resolução é baixo nesses casos de poda de árvore, tapa buraco e funcionamento de postes. Há de se levar em consideração também que é necessário que o solicitante informe o que aconteceu

Até mesmo a construção de uma pequena cerca, sem custos para o GDF, necessitando apenas aprovação, ainda não saiu. “Tem um ano que a síndica de um bloco aqui aguarda autorização e nada é feito. Mas quando fizeram sem anuência dos órgãos competentes, depois veio a fiscalização e mandou tirar”, explica.

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No parquinho, Sérgio já pediu uma restauração
No entanto, teve que juntar dinheiro com os blocos para trocar a areia do local
Rachaduras e buracos na calçada também são alvo das solicitações
Uma cerca improvisada foi montada enquanto projeto não é avaliado
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Bueiros ficam sem proteção com o passar do tempo

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No parquinho, Sérgio já pediu uma restauração

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No entanto, teve que juntar dinheiro com os blocos para trocar a areia do local

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Rachaduras e buracos na calçada também são alvo das solicitações

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Uma cerca improvisada foi montada enquanto projeto não é avaliado

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O presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires (Amovipe), Gilberto Camargos, também costuma buscar a Ouvidoria-Geral. Reclamações sobre invasões e até mesmo denúncias são feitas. “Recebo resposta de que vão apurar, mas nunca acontece nada”, lamenta.

População pode acompanhar dados gerais em painel

Desde novembro de 2020 a CGDF disponibiliza um painel na internet aberto ao público, onde é possível consultar os assuntos mais tratados nas reclamações. “Ele surgiu da nossa preocupação de haver uma participação social maior no controle do que chega até nós”, explica a ouvidora-geral do DF, Cecília Souza.

Ela conta que a população passou a usar muito mais a internet para registrar solicitações desde o início da pandemia, e afirma que o trabalho tem sido feito para melhorar cada vez mais a experiência de quem entra em contato com o órgão. “Teremos uma inteligência artificial para auxiliar os atendimentos e focado muito na capacitação do ouvidor”, diz.

Apesar de não serem os responsáveis diretos pela resposta que será enviada, Cecília conta que há também a preocupação de garantir uma boa experiência na interação completa. “Nosso foco é a gestão do canal, mas a gente monitora constantemente também como é a interação”, afirma.

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Atualmente o morador do DF que pretende manifestar-se pode fazê-lo por telefone, internet ou presencialmente. O prazo para que o órgão responsável responda é de 20 dias. Em casos de denúncia, é possível prorrogar por mais 20. “É bom destacar também que a nossa média consegue ficar abaixo disso, em torno de 10 dias”, lembra a ouvidora.

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