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Marília Mendonça: laudo aponta minuto a minuto do acidente fatal; veja

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos tornou público laudo final do acidente aéreo que matou a cantora e 4 pessoas

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Reprodução/Super Canal
Avião com Marilia Mendonça cai no interior de MG
1 de 1 Avião com Marilia Mendonça cai no interior de MG - Foto: Reprodução/Super Canal

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), tornou público, na noite desta segunda-feira (15/5), o relatório final das investigações do acidente aéreo que causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, em novembro de 2021, em Minas Gerais.

Antes de o laudo ser disponibilizado na íntegra pela FAB, o advogado da cantora, Robson Cunha, disse, em coletiva de imprensa, que não houve falha mecânica e humana. No entanto, o documento aponta, na página 62, que pode ter havido, por parte do piloto, “avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada”.

Perna do vento significa que a aeronave estava na trajetória de voo paralela à pista, no sentido do pouso.

Ainda conforme a investigação da Aeronáutica, os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram um obstáculo para o avião.

No documento consta que a aeronave manteve contato, via rádio, integral com os órgãos de controle de tráfego aéreo, e que não houve qualquer anormalidade técnica de equipamentos de comunicação durante todo o voo.

“As comunicações do PT-ONJ com o Area Control Center Brasília (ACC-BS – centro de controle de área de Brasília) foram realizadas de maneira coordenada e clara”, indica o relatório.

Veja o que diz o relatório final do acidente que matou Marília Mendonça

Minuto a minuto

Segundo as informações que constam no laudo, as gravações tiveram início às 17h49min25s, no momento em que houve transferência de setor.

Na sequência, o centro de controle aéreo orientou a aeronave a manter o voo e a chamar quando estivesse pronta para descida.

Às 17h49min57s , a aeronave reportou que estava pronta para a descida. O centro de controle autorizou a descida até o nível de voo e, abaixo dessa altura, ficaria a critério da tripulação. O controle solicitou, ainda, que fosse reportado quando estivesse em condições meteorológicas visuais para mudança de regras do plano de voo.

Por volta das 17h56min59s, o controle aéreo informou à aeronave que o serviço de radar estava encerrado, e solicitou que reportasse as condições meteorológicas visuais para modificação do plano.

Em seguida, o avião afirmou que iria cruzar o nível de voo; que estava em condições visuais; e propôs o cancelamento do plano de voo sob regras de voo por instrumentos.

No último contato realizado com o centro de controle, este órgão confirmou o cancelamento do plano de voo por instrumentos às 17h57min e informou desconhecer tráfego que interferisse na descida da aeronave, liberando-a da frequência daquele centro.

Relatório preliminar

O relatório preliminar disponibilizado pelo Cenipa, em novembro do ano passado, detalhou que o avião, durante descida para pouso, colidiu com uma das linhas de distribuição de energia da Cemig.

Um cabo foi encontrado em uma das hélices da aeronave, mas peritos particulares contratados pela família verificaram que a torre contra a qual o avião colidiu não tinha sinalização.

À época, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou, também, o laudo de conclusão das investigações. A instituição apurou que o piloto da aeronave não teria seguido o padrão de pouso do aeródromo, e que ele se aproximou pelo lado correto, mas “se afastou muito” do local recomendado e saiu da zona de proteção.

Uma das hipóteses levantadas pela polícia para explicar o porquê de o piloto fugir do padrão seria o fato de que ele estivesse tentado fazer um pouso “mais suave”.

O acidente

Marília Mendonça morreu em um acidente aéreo em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos. A cantora, acompanhada do produtor Henrique Ribeiro e do tio Abicieli Silveira Dias Filho, embarcou em um táxi aéreo em Goiânia com destino a Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde tinha um show agendado.

O avião, um bimotor Beech Aircraft fabricado em 1984, caiu na zona rural de Piedade de Caratinga, cidade vizinha ao destino, poucos quilômetros antes do aeroporto onde faria o pouso.

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