Marido fugiu após administradora agredida pedir socorro a policiais
Administradora regional de Água Quente denunciou o marido, Rossini Marian Fragelli, após apanhar com pedaço de madeira por quase 6 horas
atualizado
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Rossini Marian Pires Fragelli, 44 anos, suspeito de espancar a administradora regional de Água Quente, Lúcia Gomes da Silva, 50 anos, fugiu após cometer as agressões contra a companheira, nesse domingo (26/11). O casal ia para a igreja quando a mulher conseguiu pedir ajuda da polícia, e o suspeito escapou.
Em um relacionamento com a vítima há 16 anos, Rossini teria feito a companheira refém por seis horas e ameaçado cortar a cabeça dela. O caso é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte).
Imagens obtidas pelo Metrópoles revelam que Lúcia ficou com diversas manchas escuras nas pernas após sofrer as agressões com um pedaço de madeira. Veja:
A coluna Grande Angular apurou que o agressor é ex-detento e estaria sob efeito de cocaína quando cometeu o crime. A violência ocorreu na casa onde os dois moravam, na região administrativa de Água Quente.
Rossini teria acusado Lúcia de ter um caso com um conhecido do casal. A vítima negou, mas o criminoso não acreditou e começou a agredi-la.
Antes de cometer as agressões, Rossini chegou a tomar o celular da vítima e a aumentar o volume de um aparelho de som para abafar os gritos da mulher.
Em seguida, usou uma ripa de telhado para agredi-la a cada vez que ela negava as acusações. Na sequência, o criminoso ameaçou decapitá-la caso procurasse ajuda.
Parada em padaria
Depois de ficar seis horas sob poder do companheiro, Lúcia conseguiu convencer o marido a ir com ela em uma igreja de Samambaia, por volta das 16h.
No caminho para o local, ela pediu a Rossini para parar em uma padaria para comprar pão.
No estabelecimento, a mulher avistou uma equipe de policiais penais e, aproveitando um descuido do marido, aproximou-se dos agentes. Lá, informou que estava sendo vítima de violência doméstica e pediu ajuda.
O homem teria se aproximado deles, sendo afastado pelos mesmos policiais. E, em seguida, fugiu.
Lúcia foi levada pelos policiais penais à 26ª DP e denunciou o marido por injúria, ameaça, violência doméstica e cárcere privado.
A administradora também requereu medidas protetivas de urgência contra o marido e passou por exame no Instituto de Medicina Legal (IML).
Em nota, a Administração Regional de Água Quente emitiu posicionamento sobre o caso. O órgão destacou que “o inaceitável episódio […] revela que a violência contra a mulher tem se alastrado de forma inaceitável, exigindo da sociedade uma consciência coletiva de respeito na construção de valores que reconheçam o espaço dignamente ocupado pelo segmento feminino como o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”.
“Nossa solidariedade a todas as mulheres, vítimas de qualquer modalidade de violência, pois são elas que constroem as mudanças de que o mundo precisa”, concluiu o texto.