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Marido espancou mulher até a morte em mesa de mármore no DF

Edson dos Santos foi preso suspeito de assassinar a companheira, Renata Alves, na noite dessa sexta-feira (01/11/2019)

atualizado

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Renata Alves dos Santos
1 de 1 Renata Alves dos Santos - Foto: reprodução

O entregador de materiais de construção Edson dos Santos Justiniano Gomes, 43 anos, suspeito de assassinar a companheira Renata Alves dos Santos, 26, na noite da última sexta-feira (01/11/2019), espancou a mulher até a morte. Ele teria levantado Renata, que já havia caído no chão, pelas orelhas da vítima e batido com a cabeça dela, diversas vezes, em uma mesa de mármore.

Ele foi detido em flagrante na residência onde vivia com esposa e a mãe dela, Judite Alves dos Santos, 68, que presenciou o genro matar a sua filha.

O crime ocorreu na Rua 8 da Quadra 19 no Residencial Morro da Cruz, em São Sebastião. Ao ser levado para a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), para prestar esclarecimentos, o homem que estava embriagado dormiu e não foi possível colher o depoimento dele.

A mãe da vítima relatou que o casal estava em um bar na noite de sexta e, quando eles chegaram em casa começaram a discutir. Ela disse à polícia que Edson desferiu socos no rosto e na cabeça de Renata, a enforcou e também bateu várias vezes com a cabeça dela numa mesa de mármore.

Depois disso, a mulher caiu no chão e a mãe tentou reanimá-la. Jogou água e a filha não reagiu. Edson então ameaçou que se Judite o denunciasse, ele mataria ela também. Pouco tempo depois, o agressor cochilou e Judite saiu em busca de socorro.

O vizinho da família foi até a residência, encontrou Renata caída e acionou o Corpo de Bombeiros. Ao chegarem ao imóvel, os militares encontraram a jovem sem vida. O agressor relatou à corporação que a esposa havia caído e batido com a cabeça na quina de uma mesa. Os militares constataram que ele apresentava sinais de embriaguez.

Segundo relatos de testemunhas à PCDF, o casal morava há mais de um ano e meio no endereço. O relacionamento seria marcado por brigas e agressões. Havia contra Edson dois boletins de ocorrência registrados.

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Em um dos casos, no início de 2019, ele teria queimado as costas de Renata, mas ela negou ter sido ele. Já em setembro deste ano, Edson teria batido em Renata e ela pediu socorro a uma vizinha. Com hematomas e sangramentos, na delegacia, a vítima teria desistido de registrar ocorrência e saiu da unidade policial sem passar por exame de corpo de delito. Também não pediu medidas protetivas.

O delegado plantonista Mikhail Rocha e Menezes, disse ao Metrópoles que Judite contou que os dois se relacionavam há quatro anos.

“Nessa ocasião, Renata relatou ser sustentada por Edson e que não iria denunciar. Isso é muito comum em depoimentos de mulheres que sofrem violência. As vítimas dizem isso e não querem representar contra o autor”, comentou o delegado.

Edson chegou a ser preso em flagrante e encaminhado para o Departamento de Controle e Custódia de Presos, no Complexo da Polícia Civil. Em 24 de setembro, passou por audiência de custódia e ficou em liberdade.

Renata era dona de casa e tinha dois filhos de 7 e 4 anos, de outros relacionamentos. As crianças moravam com os pais. Do casamento com Edson, não tiveram filhos.

O Metrópoles conversou com o vizinho que prestou apoio à mãe de Renata. Para a reportagem, o auxiliar de serviços gerais Adilson Galvão da Silva, 42, comentou que ao chegar na residência, já sabia que ela estava morta. “Não havia batimento. O corpo estava debaixo da mesa. Uma cena triste. Os dois eram bastante agressivos um com o outro. Nós ouvíamos as discussões. Uma hora, isso iria dar problema. Eu mesmo tinha alertado isso para eles.”

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