Marcha das Margaridas: agricultoras fazem passeata no Eixo Monumental
A 7ª edição da Marcha das Margaridas marca a luta de trabalhadoras rurais em busca de visibilidade, reconhecimento social e político
atualizado
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Cartazes, flores e milhares de mulheres vestidas de lilás colorem o trajeto de aproximadamente seis quilômetros entre o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até a estrutura montada na Esplanada dos Ministérios na manhã desta quarta-feira (16/8).
A 7ª edição da Marcha das Margaridas marca a luta de trabalhadoras rurais em busca de visibilidade, reconhecimento social e político. Em 2023, tem como lema: “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.
Marcha das Margaridas: veja como fica o trânsito na Esplanada
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, subiu em um dos seis carros de com da marcha.
O evento é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), federações e sindicatos filiados e 16 organizações parceiras. A Marcha ocorre a cada quatro anos e é composta por trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, da comunidade LGBTQIA+ e moradoras de centros urbanos.
Veja fotos da marcha:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da solenidade de encerramento, marcada para às 10h30, na altura do Ministério de Minas e Energia. O trânsito permanece com alterações na capital federal até o fim da manifestação.
A Esplanada dos Ministérios permanece fechada nos dois sentidos (S1 e N1), na altura da Catedral Metropolitana (L2). Também há bloqueios na área central da cidade. Não é permitido o acesso à Praça dos Três Poderes. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) é responsável pelas mudanças.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), a liberação das vias para o trânsito de veículos ocorrerá após avaliação técnica.
“A Marcha representa um novo recomeço, da vida das Mulheres, do Brasil. É uma ação que estava precisando para dizer para o governo que é preciso mudar nossas vidas, que isso é necessário”, ressalta a costureira e educadora popular Abadia Teixeira, 60.
Ativista popular, Abadia compareceu em todas as edições da Marcha. “Nós tivemos momentos difíceis, e especialmente a vida das mulheres piorou”, completa.
Em Brasília desde segunda-feira (14/8), a paraense Ana Cássia, 25 anos, de Santa Maria das Barreiras (PA) veio em grupo com outras pessoas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
“Acho maravilhoso e importante. É uma marcha que dá voz para as mulheres. Estamos na expectativa de que o presidente Lula possa ouvir nossas vozes e nossa luta”, avalia a educadora do campo.
“São mais de 100 mil mulheres das florestas, das terras e das águas. A expectativa é que o nosso presidente Lula receba as reivindicações da Marcha das Margaridas”, declarou a coordenadora geral da Marcha das Margaridas e secretaria da mulher de Contag, Mazé Morais.