Manifestantes protestam contra a Reforma da Previdência em Brasília
De acordo com a PM, manifestação chegou a reunir mais de mil pessoas na área central da capital nesta sexta-feira (31/3)
atualizado
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A área central de Brasília foi palco de um protesto contra a Reforma de Previdência e a terceirização de serviços no fim da tarde desta sexta-feira (31/3). Com faixas e cartazes, os manifestantes bloquearam a saída dos ônibus na Rodoviária do Plano Piloto e também o Eixo Monumental, sentido Congresso Nacional. Eles chegaram a se deitar na pista para impedir que os coletivos deixassem o terminal no horário de pico.
Por volta das 18h, a Polícia Militar desviou o trânsito para o Eixo Rodoviário Sul. Depois, a via foi liberada e, novamente, bloqueada às 19h. Irritado com a situação, um motorista tentou jogar o carro em cima dos manifestantes. O homem, não identificado, desceu do veículo com uma barra de ferro na mão, mas foi contido por policiais militares.
Os PMs formaram um cordão de isolamento, entre a Catedral de Brasília e o Museu Nacional, para impedir que os manifestantes seguissem em direção ao Congresso Nacional. Um pequeno grupo caminhou de mãos dadas em direção à PM gritando: “Policial, pai de família, não defende essa quadrilha”. Não houve confronto. A manifestação encerrou por volta das 20h. Neste horário, o trânsito na região foi liberado.
O estudante secundarista Paulo Carvalho participou do protesto. “A Reforma da Previdência significa o fim do funcionalismo público. O trabalhador da empresa privada vai sofrer ainda mais”, disse.
Durante o protesto, os participantes entoavam gritos de guerra como: “A nossa luta unificou. É estudante, professor e trabalhador” e “Fora, Temer”. A manifestação foi marcada pelas redes sociais e o evento intitulado “Dia de lutas contra a Reforma da Previdência” ocorreu em outras capitais. Entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Professores (Sinpro) e movimentos estudantis participam do ato.“Sou contra a Reforma da Previdência. Ela não atende às particularidades de cada categoria. Tem que existir, mas não da forma que está sendo feita. Os congressistas precisam ouvir categorias e sindicatos”, disse a enfermeira Luanna Castro.
Concentração
Os manifestantes começaram a concentração por volta das 16h na Rodoviária do Plano Piloto, Conic e no Museu da República. Por volta das 18h, a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF estimou em 600 o número de pessoas concentradas na plataforma inferior da Rodoviária. Pouco depois, já eram mil.
Policiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar foram deslocados para a área e ficaram responsáveis pelas alterações nas vias, que poderiam ser interditadas parcial ou totalmente, caso necessário. Equipes do Departamento de Trânsito (Detran) também atuaram nas pistas localizadas atrás dos ministérios: S2 e N2.