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Manifestantes fazem ato no DF contra celebrações do golpe de 1964

Cerca de 500 pessoas ocuparam o Eixão Norte na manhã deste domingo (31/3) para repudiar comemorações dos 55 anos do regime militar

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1 de 1 WhatsApp Image 2019-03-31 at 11.39.57 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Cerca de 500 pessoas ocuparam o Eixão Norte, no Distrito Federal, na manhã deste domingo (31/3), para protestar contra os 55 anos do golpe militar de 1964. Os manifestantes foram ao local vestidos de branco, com flores nas mãos e fotos de presos políticos desaparecidos na época do regime ditatorial.

Concentrado na altura da Quadra 108 Norte, o protesto foi marcado por performances artísticas que representavam, entre outros, os métodos de tortura aplicados por agentes do Estado. Cartazes com dizeres como “Ditadura não se comemora”, “Quem mandou matar Marielle?” e “Pelas vítimas da violência do Estado” também completaram o clima de indignação.

O ato foi marcado após uma orientação do presidente Jair Bolsonaro para que os quartéis celebrassem a “data histórica”. O evento contou com o apoio de grupos, como Frente Brasil Popular, Central Única dos Trabalhadores, e de partidos, como o PT, PSol e PDT.

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Presos políticos desaparecidos ou mortos durante a ditadura militar também foram lembrados
Cerca de 500 pessoas participaram do ato
Jovem encenou o pau-de-arara, tipo de tortura comum durante os anos de Chumbo
Pessoas de todas as idades participaram da passeata
Ingrid Máximo, 38 anos, é fonoaudióloga e também é contra as celebrações ao "tempo mais sombrio da história do país"
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No local, houve performance sobre tortura e assassinatos ocorridos no regime militar

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Presos políticos desaparecidos ou mortos durante a ditadura militar também foram lembrados

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Cerca de 500 pessoas participaram do ato

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Jovem encenou o pau-de-arara, tipo de tortura comum durante os anos de Chumbo

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Pessoas de todas as idades participaram da passeata

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Ingrid Máximo, 38 anos, é fonoaudióloga e também é contra as celebrações ao "tempo mais sombrio da história do país"

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Katia Garcia, 53 anos, é professora de história e geografia do GDF

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"Lula Livre" e "Justiça para Marielle" estavam entre os gritos entoados pelos manifestantes

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Para Yuri Soares, de 33 anos, os brasileiros não podem deixar o 31 de março passar em branco, não para homenagear, mas para olhar para frente e evitar que os “tempos sombrios” voltem.

“Tentam apagar a história como ela realmente foi. Por isso, este ato é tão importante. Foi doloroso fazer esses cartazes com as fotos das pessoas assassinadas, mas é necessário revivermos essa dor para não cometermos os mesmos erros”, completou a fonoaudióloga Ingrid Máximo, de 38 anos, que engrossou o coro de “ditadura nunca mais” neste 31 de março.

O que comemorar? As torturas, as mortes e a corrupção dos militares?

Ingrid Máximo
Michael Melo/Metrópoles
Corpos cobertos de sangue representavam as torturas e mortes da ditadura militar

 

Professora de história, Katia Garcia, de 53 anos, lamentou o que chama de tentativa de silenciamento dos profissionais do ensino pelo projeto Escola Sem Partido. Segundo ela, a iniciativa seria similar ao ocorrido durante o regime. “Não vamos voltar atrás. Temos de avançar, sempre preservando o estado democrático de direito”, conclui.

No Twitter, as hashtags #DitaduraNaoSeComemora e #PatriaAmadaBrasil estão entre os assuntos mais comentados no país.

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