Manicure diz ter sido demitida de salão por intolerância religiosa
Daniela Nayara, 22 anos, afirma que sofreu preconceito por ser do candomblé. Empresa nega discriminação
atualizado
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Uma jovem, de 22 anos, afirma que foi demitida da Esmalteria Bellas Unhas, no Gama, por intolerância religiosa. De acordo com a manicure Daniela Nayara de Brito, funcionários do estabelecimento a constrangiam por ela praticar o candomblé e a perseguição custou o emprego dela na quarta-feira passada (30/8).
Daniela conta que trabalhou no salão durante sete meses, mas os problemas começaram quando pediu férias, pois queria fazer uma iniciação na religião de matriz africana.
“No primeiro momento, a gerente disse que estava tudo bem, pois era o meu caráter que importava. Mas, depois disso, vieram ofensas por parte de colegas”, disse. A moça relatou que passou a ouvir, frequentemente, comentários dizendo que os objetos e os símbolos da religião não seriam “coisas de Deus”.
A empresa nega que Daniela tenha sido alvo de preconceito. Segundo Areno Pires Filho, marido da proprietária da esmalteria, a moça foi despedida por atrasos e faltas constantes. Além disso, afirmou que clientes fizeram reclamações dos serviços prestados pela manicure. “A questão religiosa não é motivo para a demissão de ninguém. Acontece que a qualidade do serviço dela caiu”, afirmou Areno.