Major sobre morte de militar na Asa Norte : “Foi preciso revidar”
Homem de 69 anos foi morto na 111 Norte por negociadores da PM, após fazer mulher refém e dar tiros no prédio onde morava
atualizado
Compartilhar notícia
Após cerca de oito horas de negociação, terminou em morte o caso envolvendo um militar da reserva, de 69 anos, que residia no Bloco D da 111 Norte. Após surtar e manter a mulher refém, ele teria levado dois tiros ao disparar contra uma equipe de negociadores do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), na madrugada desta quinta-feira (14/05), e não resistiu aos ferimentos.
O Metrópoles acompanhou o desfecho do caso, que começou com uma denúncia de violência doméstica na noite de quarta-feira (13/05). Segundo o major da Polícia Militar do DF Lúcio Flávio, a equipe tática da corporação, que prestava apoio aos negociadores, agiu em “legítima defesa”.
O homem era tenente da reserva da própria da PMDF e morava no imóvel com a mulher. Segundo vizinhos, ela é a síndica do prédio.
Ao menos quatro tiros teriam sido disparados dentro do apartamento, que fica no primeiro andar, na noite de quarta-feira (13/05). A mulher estaria dentro do imóvel no momento. Contudo, momentos após os tiros, ela foi vista do lado de fora do edifício, ao lado de policiais militares, que foram acionados para atender a ocorrência.
Na manhã desta quinta, a mulher prestava depoimento na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
Depois de horas de tentativa de negociação, o homem acabou sendo morto. Havia suspeita de que o militar teria atentado contra a própria vida, mas esta informação foi desmentida pelas autoridades policiais na madrugada desta quinta-feira (14/05).
Segundo o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rossetto, o homem foi morto por militares do Bope, que reagiram aos disparos efetuados pelo militar da reserva.
“Havia o negociador no apartamento no momento dos disparos. Ele disse que não ia se entregar e disparou contra os militares do Bope e eles tiveram que reagir, o atingindo”, explicou o policial civil.
De acordo com o delegado, o militar portava duas armas, sendo um revólver e uma pistola. “O objetivo era resolver na negociação, mas em razão dessa conduta agressiva do autor, que disparou contra a equipe de negociadores, foi preciso revidar”, reforçou o major Lúcio Flávio.
No momento da confusão, moradores do prédio desceram, por orientação da PM, mas pouco depois retornaram às residências.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) prestou apoio à operação.