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Pizzolato, Funaro e mais 8 presos vão para o castigo junto com Luiz Estevão na Papuda

Eles cumprem punição disciplinar com regime de isolamento porque tiveram acesso a alimentos, produtos e dinheiro além do permitido

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
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No início da tarde desta terça-feira (31/1), a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) determinou que outros 10 presos do Bloco 5 do Centro de Detenção Provisória da Papuda cumpram punição disciplinar em regime de isolamento preventivo. Os internos estavam estocando alimentos e dinheiro acima do permitido nas celas.

Por conta da indisciplina, foram colocados de castigo os seguintes detentos: Adriano Luiz Oliveira, que é ex-servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e foi condenado por crime sexual; o doleiro Lúcio Funaro, em decorrência das investigações da Lava Jato; e Henrique Pizzolato, que cumpre pena referente ao escândalo do Mensalão. Além deles, também estão no isolamento Ivon de Moraes, Sílvio Eustáquio, José Marques, Antônio Carlos, Adenir José, Floriano Ribeiro e Casemiro Pereira.

Na última quinta-feira (26), o ex-senador Luiz Estevão foi alvo da mesma punição, por motivo semelhante. A partir de denúncia anônima, a Sesipe coordenou uma operação em que recolheu alimentos e objetos proibidos na cantina e nas celas dos apenados que cumprem regime fechado na Ala B do Bloco 5 da Papuda.

Durante a inspeção, o coordenador-geral da Sesipe, delegado Guilherme Henrique Nogueira, relatou ter encontrado na cantina, segundo documento ao qual o Metrópoles teve acesso, fatias de salame e peito de peru. Na cela do ex-senador, teriam sido recolhidos uma cafeteira, 227 cápsulas de café, dois pacotes de macarrão da marca Delverde e um pacote de chocolate Lindt. Além disso, foram apreendidos também quatro pendrives da marca SanDisk.

Entre os produtos encontrados na cela que o ex-senador divide com Pizzolato, Luiz Estevão admitiu, na saída de uma audiência na Justiça, nesta quarta-feira (2/2), que o café e o chocolate encontrados pelos policiais eram seus. As barras de chocolate importado e sem açúcar, bem como as capsulas de café instantâneo, foram confiscadas pelos investigadores.

Eles também confiscaram um pacote de macarrão, que pertencia a Pizzolato, além de quatro pen drives. A cantina que serve os presos detidos na Ala dos Vulneráveis vende café e chocolate, mas não os das marcas recolhidas pelos policiais na cela de Estevão e de Pizzolato.

Isolamento
O isolamento dos 11 internos se dá no Pavilhão Disciplinar onde estão também ex-policiais condenados. Nesse regime, o preso perde direito à visita semanal dos familiares e acesso à cantina. O isolamento é feito em celas de dois ou quatro internos. O banho de sol é restrito a uma hora.

Servidores exonerados
A partir da ocorrência, a Sesipe instaurou sindicância e pediu a exoneração de toda a direção do CDP da Papuda. Entre os agentes penitenciários que perdem o cargo, estão o diretor da unidade, Diogo Ernesto de Jesus; os chefes de pátio Eliezer Gomes de Oliveira e Robson Clésio de Oliveira; e a chefe da assessoria jurídica Kefine Boaventura.

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