Maioria dos brasilienses já presenciou roubos e furtos em passagens subterrâneas
Pesquisa do Ipe-DF mostra que mais de 65% dos entrevistados já presenciou situações de insegurança ao passar pelas passagens subterrâneas
atualizado
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPE-DF) apontou que, na maioria das travessias subterrâneas da capital federal, os brasilienses presenciaram situações de insegurança como furto ou roubo. De acordo com o levantamento, 65,3% dos entrevistados passaram por situações do tipo.
A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (19/7). Os ouvidos pelo instituto também relataram terem visto uso de drogas — quase 8%.
Cerca de 3,17% afirmaram ter presenciado situações de importunação sexual nas passagens subterrâneas do DF.
O restante das reclamações refere-se a aspectos de manutenção dos espaços, tais como sujeira (9,75%), falta de iluminação (3,17%), e há uma percepção de mais de 5% dos entrevistados da degradação física do espaço.
Uso das travessias
Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos brasilienses utiliza as passagens subterrâneas para atravessar o Eixão. Cerca de 94% dos 25.147 contabilizados utilizam as travessias subterrâneas e apenas 6% atravessam as vias.
Nos eixinhos L e W, 58,82% e 73,52% utilizam as travessias, respectivamente. Apenas na 115/215 Norte, a maioria, ou seja, 55,5%, prefere atravessar as vias.
Em relação ao motivo de uso das travessias, o predominante, declarado por cerca de 80% dos entrevistados, é chegar ao trabalho.
Segundo o Ipe-DF, 5,66% utilizam as travessias por motivo de estudo, e apenas 1,79% por compras.
“Quando as motivações são analisadas em cada travessia percebem-se diferenças significativas. Destacam-se os exemplos de travessias que dão acesso a templos religiosos (33,92% dos motivos na travessia da 112/113 Sul, com acesso à Igreja Universal) e a hospitais (32,6% dos motivos na travessia da SHS/SBS, com acesso ao Hospital de Base)”, destaca a pesquisa.