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Magela é investigado há 2 anos em esquema de cooperativa habitacional

Operação da PF nasceu de um inquérito aberto pela Polícia Civil do DF em 2014 e tinha como foco a apuração de uma rede fraudulenta movida a propina que direcionava terrenos do Programa Habitacional Riacho Fundo II

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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1 de 1 22-04-2014Geraldo-Magela01-Foto-Zeca-Ribeiro-Camara-dos-Deputados - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O ex-secretário de Habitação do DF e ex-deputado federal Geraldo Magela (PT) já era investigado há pelo menos dois anos por suposto envolvimento com uma organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes em terras da União. O esquema de corrupção desbaratado pela Polícia Federal na quinta-feira (2/6) nasceu de um inquérito aberto pela Polícia Civil do DF, ainda em 2014, e tinha como foco a apuração de uma rede fraudulenta movida a propina que direcionava terrenos do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª Etapa.

A investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Decap) serviu de espinha dorsal para municiar de informações os investigadores federais à frente da Operação Clã. Com os primeiro indícios de uma engrenagem criminosa incrustada dentro da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), os policiais civis coletaram depoimentos e recibos que apontavam para o pagamento de propina ocorrida com a anuência de Magela e seu pupilo Rafael Carlos Oliveira, que o sucedeu na Codhab.

Apesar de a suspeita de Magela e Rafael estarem ligados ao esquema, nenhum dos dois foi incomodado pelas autoridades do DF durante a operação “Terra Prometida”, deflagrada pela Decap em 30 de setembro de 2015.

Na época, dois servidores da Codhab e um terceiro envolvido foram presos temporariamente, suspeitos de cobrar propina entre R$ 5 mil e R$ 20 mil para a liberação de lotes dos programas Pró-DF e Morar Bem, ambos do GDF. Segundo as apurações, as vítimas pagavam valores para os servidores com a promessa de que o lote não seria tomado. O inquérito da Decap conta com uma série de recibos que teriam sido entregues mediante os repasses fraudulentos.

De acordo com as investigações, os criminosos atuavam como despachantes. A partir de informações privilegiadas e ligações com alguns políticos – supostamente Geraldo Magela – eles prometiam regularização de lotes e inserção nos programas do Pró-DF, mais especificamente no Polo JK, em Santa Maria, e em lotes destinados ao Morar Bem, no Riacho Fundo.

Quando a investigação da Polícia Civil esbarrou na suposta prática de crimes contra a União, a apuração foi encaminhada à PF e deu origem à Operação Clã.

Magela nega
Na quinta-feira (2), após passar mais de seis horas prestando depoimento à Polícia Federal, Geraldo Magela publicou uma mensagem em sua página pessoal no Facebook negando ter desempenhando “papel preponderante” na elaboração de aditivos suspeitos.

Segundo a assessoria de imprensa do ex-secretário, que assina a peça publicada na rede social, as suspeitas não estão em conformidade com a realidade. “Todas as ações empreendidas pelo ex-Secretário Magela e pela equipe da Sedhab foram no sentido de moralizar o projeto. São absurdas quaisquer conclusões em sentido diferente deste”, disse.

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