Máfia dos Concursos: PCDF conclui inquérito com indiciamento de servidores
Os alvos da corporação brasiliense são suspeitos de fraudar certames da Secretaria de Educação, MPU e STJ
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito que apura fraude em concursos públicos na capital do país e relatou à Justiça. Durante a fase investigatória, pelo menos 30 pessoas envolvidas no esquema foram indiciadas no âmbito da Operação Panoptes.
O grupo foi alvo de apuração conduzida pela Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor). A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo delegado da unidade especializada, Adriano Valente.
Em julho deste ano, os investigadores cumpriram quatro mandados de prisão durante a quinta fase da operação.
Foram três mandados de prisão temporária e uma preventiva, além de três mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras. A ação ocorreu na Asa Norte e em Santa Maria.
De acordo com os investigadores, um dos alvos era membro da organização criminosa responsável por aliciar candidatos e cumpre prisão temporária pela fraude ao concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal desde a Operação Magister, no dia 23 de junho. Agora, a prisão dele foi convertida em preventiva.
A irmã dele, suspeita de tentar fraudar o concurso do Superior Tribunal de Justiça em 2015; um técnico judiciário do Ministério Público da União, que teria fraudado o próprio concurso, também em 2015; e uma monitora da Secretaria de Educação também foram presos. A última, assim como dois monitores detidos na Operação Magister, estaria envolvida em fraude de concurso da pasta.
A chamada Máfia dos Concursos é o alvo da Operação Panoptes, que já teve cinco fases até agora. Foram presos e condenados, nesse período, os nove principais integrantes do grupo, por crimes de participação em organização criminosa, fraude a certames de interesse público e uso de documento falso.