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Mãe se emociona ao receber filho agredido em condomínio: “Aliviada”

Garoto retornou à Bahia na noite dessa segunda-feira (17/12). Foi aplaudido no aeroporto de Salvador por passageiros

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1 de 1 Jucimara1 - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A mãe do menino agredido em uma quadra de esportes na Quadra 4 da Octogonal está aliviada. Na noite dessa segunda-feira (17/12), o filho de 6 anos voltou para casa, acompanhado da avó, da irmã, de 8, e de dois priminhos, que vieram passear em Brasília. No aeroporto de Salvador (BA), a servidora pública Jucimara Nascimento, 38, se emocionou e chorou ao abraçar os dois filhos.

Foi o primeiro contato que os pais tiveram com o menino após ele ser vítima de um episódio revoltante. No dia 9 de dezembro, ele brincava na quadra quando um coleguinha tropeçou na bola e caiu. Supondo que o garoto tinha batido no filho, os pais do garoto que sofreu a queda seguraram a vítima para que fosse agredida. Não satisfeita, a mãe ainda empurrou a criança, que bateu a cabeça no chão. Tudo foi registrado pelo circuito de segurança do condomínio.

Luisa Guimarães/Metrópoles

Os vídeos correram o Brasil e o mundo. Jucimara (foto em destaque) já os viu muitas vezes e, até hoje, acorda no meio da noite com as imagens na cabeça. Não está conseguindo se concentrar no trabalho, e pensa em procurar um psiquiatra para superar o trauma causado pela violência. Nesta terça (18), também levou os filhos ao médico para ver se há indicação psicológica. “Primeiramente, vamos cuidar da gente”, disse.

Mas de Feira de Santana, onde mora com a família, espera por justiça. Indagada se perdoa os pais agressores, diz que, como católica, está trabalhando isso, por acreditar que será bom para ela mesma. “Mas a mágoa ainda existe, especialmente quando vejo as imagens”, ressaltou Jucimara.

A família aproveita o episódio para disseminar a cultura da paz que está estampada nas camisetas usadas na viagem de volta à Bahia com os seguintes dizeres: “Seja gentil, doe amor, faça o bem”.  Na chegada ao aeroporto de Salvador, por volta das 22h30, o menino agredido foi recebido com amor e muito carinho pelos pais, e também aplaudido por pessoas que estavam no terminal e tinham conhecimento da história.

 

7 imagens
Imediatamente, adultos e crianças se aglomeram em volta do garoto
O pai da criança segura o outro menino para que o filho o agrida
A mãe chega e empurra o menino de 6 anos, então de férias na casa da tia
Jucinea diz que foi hostilizada pelos pais agressores
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Menino cai durante o jogo de futebol na quadra de esportes de um residencial da Octogonal 4

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Imediatamente, adultos e crianças se aglomeram em volta do garoto

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O pai da criança segura o outro menino para que o filho o agrida

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A mãe chega e empurra o menino de 6 anos, então de férias na casa da tia

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Jucinea diz que foi hostilizada pelos pais agressores

Luísa Guimarães/Metrópoles
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"Só queria ir embora", disse menino agredido na quadra de esportes

Luísa Guimarães/Metrópoles

O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Segundo a unidade especializada da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os pais acusados da agressão –Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos – vão responder, a princípio, por lesão corporal, cuja pena inicial prevista é de três meses a um ano, podendo ser aumentada em razão da idade da vítima.

Há ainda a possibilidade de serem indiciados por ameaça e por terem submetido o próprio filho a constrangimento, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“As imagens são inquestionáveis e inequívocas quanto à ação do pai e da mãe da outra criança durante as agressões à vítima. O vídeo é bem claro e mostra toda a agressão. Vamos ouvir todos os envolvidos e depois decidir pelo indiciamento”, disse a delegada adjunta da DPCA, Patrícia Bozolan, em coletiva de imprensa na semana passada.

No inquérito, a PCDF vai investigar, também, denúncias de moradores do condomínio de que os pais agressores teriam ameaçado a vítima anteriormente. Procurados, os suspeitos não foram localizados até a última atualização desta reportagem.

O garoto alvo das agressões veio a Brasília passar uma semana na casa da tia, a também servidora pública Jucinea Nascimento, 43, na Octogonal.

Ao descobrir que seu sobrinho havia apanhado, ela imediatamente procurou os agressores, que estavam em visita na quadra, hospedados na casa dos pais de Danielle. No entanto, foi recebida com hostilidade. “Da janela, começaram a gritar que eu não tinha dado educação para meu sobrinho”, recorda-se.

Na hora, só queria ir embora“, disse o pequeno ao Metrópoles, na manhã do dia 13 de dezembro. Em nota na semana passada, a defesa dos pais agressores disseram que eles estão arrependidos pelo ato.

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