metropoles.com

Mãe salva por filho teve medida protetiva negada por falta de provas

Em decisão, juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino ressaltou que não havia outros casos de violência doméstica envolvendo o casal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Sede do TJDFT
1 de 1 Sede do TJDFT - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Luciene Xavier dos Santos, 41 anos, teve um pedido de medida protetiva de urgência negada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por falta de provas. Segundo a decisão da juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, expedida em 14 de janeiro deste ano, a vítima atacada pelo ex-companheiro, Geraldo Correa de Souza, 40, no Itapoã, no último sábado (19/2), apenas narrou agressões verbais anteriores e apresentou boletim policial contra o acusado.

Internada em estado grave no Hospital Região Leste (HRL), no Paranoá, Luciene aguarda cirurgia nesta segunda (21/2) para a retirada de uma bala alojada na coluna. Durante o ataque realizado pelo ex-companheiro, o filho dela, Pedro Henrique Xavier dos Santos, 16 anos, acabou morto ao defendê-la dos ataques do padrasto. O jovem levou um tiro no olho e faleceu no local.

No documento, a juíza ressaltou que o ex-companheiro não foi inquirido pela autoridade policial e que, também, não havia relatos de testemunhas contra ele. Destacou ainda que a autoridade judiciária não conhecia nenhum registro de outros casos de violência doméstica envolvendo o homem na época da análise da sentença.

Ainda segundo a decisão, o caso poderia ser reavaliado caso novos fatos fossem apresentados e apontassem para uma recomendação de aplicação de medidas  protetivas de urgência.

De acordo com a Polícia Civil do DF, o suspeito, identificado como Geraldo Correa de Souza, 40, tem passagens na polícia por roubo, estupro e furto. A família, inclusive, registou três ocorrências contra o homem por ameaça e injúria. O suspeito encontra-se preso e aguarda julgamento.

Violência contra a mulher: identifique e saiba como denunciar

15 imagens
A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado
Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral
A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação
Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo
A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral
1 de 15

Getty Images
2 de 15

A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 15

Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral

Arte/Metrópoles
4 de 15

A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 15

Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo

iStock
6 de 15

A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral

IStock
7 de 15

A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela lei

Imagem ilustrativa
8 de 15

Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciados

iStock
9 de 15

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24 horas

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 15

O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúncia

Marcos Garcia/Arte Metrópoles
11 de 15

A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papel

Rafaela Felicciano/Metrópoles
12 de 15

Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.br

Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
13 de 15

Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DF

Agência Brasília
14 de 15

Homem que jogou água fervente na própria irmã é preso em Manaus

Agência Brasília
15 de 15

A campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para 61 994-150-635

Hugo Barreto/Metrópoles

Relembre o caso

De acordo com testemunhas, o crime ocorreu durante um culto na casa das vítimas. O suspeito chegou ao local e, após discussão, empurrou Luciene. Na sequência, puxou uma arma e atirou contra a mulher.

Mesmo ferida, Luciene lutou contra o agressor. O suspeito pegou a vítima pelos cabelos e a arrastou para fora do imóvel. Neste momento, atirou novamente contra a ex-companheira.

Pedro correu em defesa da mãe. Para protegê-la ficou entre ela e o agressor. Foi atingido no rosto e morreu no local.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?