Mãe que matou filha queria deixar bebê para adoção, diz delegado
Mulher asfixiou bebê recém-nascida. O pai da criança está em estado de choque desde que soube da notícia. Caso ocorreu em Ceilândia
atualizado
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Investigadores da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) afirmaram em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (05/03), que a mulher suspeita de matar a própria filha recém-nascida responderá pelo crime de homicídio duplamente qualificado. O pai da criança está em estado de choque desde que soube da notícia.
Aos policiais, a acusada confessou ter assassinado o bebê asfixiado com um travesseiro.
A suspeita, presa em flagrante, tem outros dois filhos, mas nunca havia demonstrado comportamento agressivo com as crianças, segundo o delegado-chefe da 24ª DP, Raphael Seixas. “Uma informação que chegou até nós, e que vamos apurar, é que ela tinha intenção de colocar a recém-nascida para adoção”, explicou.
Aos policiais, a mulher relatou que nenhuma de suas duas últimas gestações foi planejada. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quer voltar a ouvir a acusada, liberada após audiência de custódia, além do companheiro dela.
Quando foi presa, a mulher se preparava para deixar o Distrito Federal. De acordo com Raphael Seixas, a suspeita é que ela estivesse tentando fugir para o Ceará. “Disse para uma vizinha que não iria poder ir ao enterro da criança, pois estava com essa viagem marcada”, contou.
Outro caso
No mês passado, outro caso chocou o DF. Uma mãe confessou ter matado a filha na pia da cozinha, com três facadas. Em fevereiro, Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, foi presa pelo assassinato da própria filha, Júlia Felix de Moraes, de apenas 2 anos. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou a jovem por homicídio quadruplamente qualificado, incluindo feminicídio.
O crime ocorreu na Chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, e ganhou repercussão nacional. Em depoimento na 12ª Delegacia de Polícia, Laryssa narrou detalhes de como executou, a facadas, a própria filha. Segundo a jovem, o crime ocorreu na cozinha da quitinete de apenas três cômodos onde vivia com o pai da criança.