Mãe que matou bebê ficará longe dos filhos e usará tornozeleira
Crime ocorreu nessa terça-feira (03/03), em Ceilândia. Aos policiais, ela confessou ter usado um travesseiro para sufocar a recém-nascida
atualizado
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A mulher suspeita de matar a própria filha recém-nascida asfixiada com um travesseiro terá de usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada após a prisão dela, que ocorreu nessa quarta-feira (04/03).
Como é ré primária e tem outros dois filhos, a Justiça do Distrito Federal decidiu que a acusada poderia aguardar por julgamento em liberdade provisória. Além da tornozeleira, a suspeita ficou proibida de se aproximar das outras crianças.
Ela responderá pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Segundo investigadores da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), a criança tinha apenas 46 dias de vida e foi assassinada por asfixia. O caso ocorreu na terça-feira (03/03), em Ceilândia.
Os investigadores foram avisados da morte por volta das 8h de terça pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Uma equipe seguiu até a casa da mulher e encontrou o bebê sem vida sobre um colchão disposto no chão.
Os policiais, então, levaram a mãe para a delegacia. Lá, ela contou ter amamentado a criança por volta de meia-noite e a colocou para dormir. Entre e 5h e 6h, notou que ela não respirava e nem acordava. Assim, acionou o Samu.
Confissão
Em um segundo depoimento prestado aos policiais da 24ª DP, a acusada mudou a versão inicial e confessou o crime. Antes, ela havia comunicado a uma vizinha que não poderia ir ao enterro da própria filha, pois tinha uma viagem marcada para o Ceará. A Polícia Civil do DF (PCDF) suspeita que ela estivesse planejando fugir.
De acordo com o delegado-chefe Raphael Seixas, a mãe queria deixar a bebê para adoção. Aos policiais, a mulher relatou que nenhuma de suas duas últimas gestações foi planejada. A PCDF quer voltar a ouvir a acusada, além do companheiro dela.
Outro caso
No mês passado, outro caso chocou o DF. Uma mãe confessou ter matado a filha na pia da cozinha, com três facadas. Em fevereiro, Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, foi presa pelo assassinato da própria filha, Júlia Felix de Moraes, de apenas 2 anos. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou a jovem por homicídio quadruplamente qualificado, incluindo feminicídio.
O crime ocorreu na Chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, e ganhou repercussão nacional. Em depoimento na 12ª Delegacia de Polícia, Laryssa narrou detalhes de como executou, a facadas, a própria filha. Segundo a jovem, o crime ocorreu na cozinha da quitinete de apenas três cômodos onde vivia com o pai da criança.