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Mãe e filho de 11 anos são expulsos de vagão exclusivo do metrô no DF

Julia Silva contou ao Metrópoles que o episódio representa a “maior humilhação da vida”. Caso ocorreu nesse domingo (18/2)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
metrô estação vagão
1 de 1 metrô estação vagão - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma vendedora de 45 anos viveu, no Metrô do Distrito Federal, o que, para ela, representou a maior humilhação da vida. Julia Silva e os dois filhos, um de 11 anos e uma de 3, foram expulsos de um vagão porque o garoto estava no trem exclusivo para mulheres. “Na hora, fiquei em choque. A ficha não caiu. Meu filho ficou assustado, com medo. Eu jamais havia passado por esse tipo de constrangimento”, relembra. O caso ocorreu no domingo (18/2).

Moradora de Arniqueiras, Julia conta ao Metrópoles que ela e os filhos pegaram o metrô na estação Águas Claras, para visita à mãe, em Ceilândia. De acordo com a vendedora, ao chegar no terminal Guariroba, o metrô parou. Na sequência, uma funcionária entrou no vagão exclusivo e expulsou homens indevidamente presentes no local.

“Depois, a funcionária se dirigiu ao meu filho e disse: ‘levanta, sai do metrô’. Perguntei o porquê, e ela falou que ele não podia estar no vagão”, relata. Julia resistiu e argumentou que o menino estava com ela. Por isso, não sairiam. A funcionária, segundo ela, continuou esbravejando e assustou o garoto. “Disse: ‘Então você vai sair com ele'”, narra.

Espantada, Julia e os filhos trocaram de vagão e entraram em um espaço comum. Desceram na estação Ceilândia, de onde seguiram para a casa da mãe dela. A vendedora ainda retornou ao terminal para tentar falar com a funcionária. Primeiramente, ela falou com outro empregado, que a orientou a recorrer à Ouvidoria da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF).

“Logo depois encontrei a funcionária. Perguntei a ela se faria o mesmo se eu estivesse com um bebê menino. Ela disse que ainda assim o tiraria do metrô”, recorda a vendedora, quem avalia meios de lutar pelos direitos. Ela considera acionar a Justiça contra o Metrô-DF ou a funcionária.

O outro lado
Em nota, o Metrô-DF confirmou o caso e afirmou: “a funcionária em questão agiu de acordo com a Lei Distrital nº 4.848/2012”. A matéria dispõe sobre a destinação de espaços exclusivos para mulheres e portadores de necessidades especiais no sistema metroviário do Distrito Federal. A companhia acrescentou que a empregada não descumpriu nenhuma norma interna.

Apesar disso, o Metrô-DF informou que permitirá crianças de 11 anos acompanhadas das mães a seguir viagem no carro exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência. Por fim, segundo afirmou, a companhia vai orientar seus empregados para autorizar o acesso de crianças.

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