Mãe de menina negra acusa creche de Samambaia de discriminação racial
A mulher diz que a professora da criança se negava a lavar o cabelo da filha, que pediu para não voltar às aulas. Polícia civil investiga
atualizado
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A mãe de uma menina negra, estudante na creche Caliandra, localizada na QS 312 em Samambaia Sul, diz que a filha sofria discriminação racial na instituição. Segundo Polyelle Conrado da Silva, uma das monitoras começou, neste ano, a se negar a lavar o cabelo da criança. A mulher acusa a direção da escola de não tomar providências.
A mãe conta que, em novembro passado, pediu à professora que lavasse o cabelo da menina apenas uma vez por semana, e não mais em dias alternados, como é usual na creche. Este ano, porém, Polyelle percebeu que a monitora passou a se negar a lavar o cabelo da menina.
Para ela, a filha foi vítima de discriminação racial, uma vez que a funcionária continua lavando o cabelo das outras crianças normalmente. Chateada, a menina pediu à mãe para não ir mais para a escola.A diretora da instituição filantrópica, Edvanir Cosmo, rebate as acusações de Polyelle. Ela diz que a mãe da criança comunicou a escola na última terça-feira (21), mas, desde então, a família não retornou para saber o parecer da escola.
Edvanir destaca que Polyelle pediu, no ano passado, para não lavarem o cabelo da filha. A monitora, então, teria deduzido que era para manter o pedido da mãe. “Isso foi um mal-entendido, um erro de comunicação, e estamos dispostos a trabalhar da melhor forma possível”, respondeu. A funcionária acusada continua trabalhando no local.
O caso está sendo apurado pela delegacia da região, a 32ª DP. Os funcionários da escola vão depor na segunda-feira (27/3).