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Mãe de jovem que planejou massacre em escola do DF: “Plantaram ideias na cabeça dela”

A moradora do Recanto das Emas conta que a filha conversou pela internet com mulher do Rio de Janeiro sobre ataque. “Ela jamais faria isso”

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
suposto atentado recanto das emas
1 de 1 suposto atentado recanto das emas - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

A mãe da jovem de 19 anos investigada por planejar um massacre em uma escola pública do Recanto das Emas disse que a filha chegou a conversar sobre o ataque com “uma menina do Rio de Janeiro”. A declaração foi concedida em entrevista ao Metrópoles, na noite de sexta-feira (21/5).

De acordo com a mulher, de 53 anos, a filha “não teria coragem” de executar o atentado, embora a jovem tenha confessado a intenção de realizá-lo. “Ela chegou a conversar com uma menina do Rio de Janeiro pela internet, que plantou essas ideias na cabeça dela, mas não fala com essa pessoa há muito tempo”, disse a dona de casa.

“Por mais que ela tenha dito que ia fazer, ela não ia fazer”, completou.

A operação de buscas na casa da suspeita, intitulada de Shield (escudo, em inglês), foi revelada pelo Metrópoles, na manhã de sexta-feira (21/5). A mãe contou que policiais civis do Distrito Federal bateram no portão por volta das 4h e fizeram uma intensa revista nos cômodos, principalmente no quarto em que a suspeita dorme, onde os investigadores encontraram máscaras e simulacros de arma de fogo.

O imóvel onde as duas residem também fica localizado no Recanto das Emas, a alguns metros do colégio apontado pela PCDF como sendo o alvo da garota.

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Máscaras achadas na casa da suspeita
Buscas feitas na residência onde a jovem de 19 anos mora
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Buscas na casa da suspeita

Reprodução/ Vídeo
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Máscaras achadas na casa da suspeita

PCDF/ Divulgação
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Buscas feitas na residência onde a jovem de 19 anos mora

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A operação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) foi deflagrada em parceria com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. A jovem foi levada à delegacia, mas liberada, por não se configurar prisão em flagrante. Segundo a dona de casa, a filha gostava de tirar fotos com as armas falsas e, como uma era de chumbinho, atirava em garrafas de plástico.

A mãe descreve a filha como muito tímida. Há dois anos, a jovem teria sofrido um acidente que a impede, até hoje, de percorrer médias e longas distâncias. Os remédios para depressão e esquizofrenia fazem com que ela tenha muito sono durante todo o dia.

“Ela não tem condições de andar sozinha e fica tonta com as medicações. A pressão cai e ela passa a maior parte do tempo na cama, sempre”, conta a mãe.

Ainda de acordo com a mulher, a jovem sofre de graves transtornos psiquiátricos, tem poucos amigos, não gosta de sair e passa a maior parte do tempo entretida com jogos de celulares. “Minha filha não é esse monstro. Como mãe, não passo a mão na cabeça, mas não posso deixar que isso tome a proporção que tomou”, declarou.

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Ela diz que filha tem problemas físicos e psiquiátricos e, por isso, não conseguiria executar um plano desses
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Mãe da suspeita de planejar massacre em escola do Recanto das Emas

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Ela diz que filha tem problemas físicos e psiquiátricos e, por isso, não conseguiria executar um plano desses

Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Há dois anos, a jovem de 19 anos teria sofrido um surto psicótico enquanto andava na rua e acabou atropelada por um carro. Na ocasião, levou 50 pontos na cabeça, além de ter fraturado o quadril e os ombros. A mãe contou sobre o incidente para defender a tese de que a filha não teria condições físicas de fazer qualquer ato com a magnitude descrita pela polícia. “Não dá conta de ir de uma rua para a outra rua, quem dirá fazer um massacre. E ela jamais faria isso.”

Confira o áudio da entrevista

O caso

Apesar do envolvimento da polícia norte-americana na investigação, o ataque não ocorreria em colégios internacionais, mas em uma escola pública do DF no Recanto das Emas, segundo confirmou a própria corporação. O plano de massacre, revelado por meio de monitoramento na internet, seria executado quando as aulas presenciais fossem retomadas.

O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Alessandro Barreto, explicou que a participação da polícia americana por meio da Homeland Security Investigations, deve-se a uma parceria entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos (EUA).

“Temos essa parceria vinculada à Embaixada dos EUA no Brasil. Estamos fazendo um trabalho preventivo de forma permanente para antecipar e neutralizar o planejamento de ataques como esse que ocorreria na escola de Brasília”, pontuou.

Segundo a PCDF, a tragédia causaria dezenas de vítimas na capital federal.

 

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