metropoles.com

Mãe chora ao saber que filho dado à adoção há 31 anos foi encontrado

Por falta de condições financeiras, mulher teria doado o recém-nascido, mas se arrependeu e nunca mais teve notícias dele

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou um vídeo com a reação de uma mãe ao saber que a corporação havia encontrado o seu filho, entregue à adoção há 31 anos. A imagem, feita há pouco mais de um mês, mostra a mulher aos prantos enquanto recebe a notícia do chefe adjunto da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Ataliba Neto. “A gente tem uma boa notícia para dar para a senhora: encontramos o seu filho. Não foi rápido, mas deu certo. Vamos tentar promover o encontro entre vocês, tá?”, diz o delegado. O encontro ocorreu no dia 19 de junho deste ano.

Sem reação, ela tira os óculos e leva as duas mãos ao rosto, num choro soluçante. Nesta terça-feira (23/07/2019), a PCDF revelou ter localizado o paradeiro do rapaz. A criança nasceu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul. No dia 21 de abril de 1988, a mãe deu o bebê a um casal. Arrependeu-se depois, mas nunca mais teve notícias dele. Com a ajuda dos policiais, conseguiu localizá-lo.

Veja o momento em que a mulher recebe a notícia sobre a localização do filho:

A mulher já era mãe de uma menina, estava separada do cônjuge e não tinha condições de criar uma segunda criança – o pai do garoto não era o mesmo da filha. Devido a esses motivos, começou a procurar pessoas que quisessem adotar o menino. Um casal se interessou e ficou com o bebê.

A família, que já tinha uma filha, imaginou que deixariam o garoto ao relento, caso não conseguisse ser adotado, por isso decidiu ficar com a criança. Conforme apurado, a mãe biológica nunca soube o paradeiro do menino. No dia 27 de abril de 2019, ela registrou uma ocorrência na 1ª DP.

Quase dois meses depois, os policiais responsáveis pela apuração solucionaram o caso. O filho, já um homem, ainda está com o casal que o adotou. Eles moram em outro país. Quando tinha 2 anos, o menino foi diagnosticado com uma grave doença, fato que impediu seu completo desenvolvimento mental. A polícia não divulgou o nome de nenhum dos envolvidos.

A família adotiva não se opôs ao encontro entre mãe e filho. Como não houve adoção por meios legais, o caso foi remetido ao Ministério Público, para o órgão verificar se cabe ou não processar o casal criminalmente.

Nessas situações, a prescrição somente começa a correr quando o fato vem ao conhecimento da autoridade pública. Nos crimes de adoção à brasileira, a pena varia de 1 a 2 anos de detenção, mas o juiz pode deixar de aplicar penalidade (perdão judicial). As identidades e imagens foram preservadas por solicitação das famílias envolvidas.

A adoção foi intermediada por uma mulher que é alvo de investigação. A reportagem apurou que ela mora em Portugal. O delegado Ataliba Neto, da 1ª DP, informou que outra pessoa procurou a delegacia e disse ter entregue o filho para adoção por meio dessa intermediadora. “Não sabemos se ela está envolvida em algo mais grave. Mas vamos investigar”, ressaltou. Por enquanto, o nome da suspeita também será preservado.

Encontro após 38 anos

Em abril deste ano, o Metrópoles revelou a história de Sueli Silva, 56, outra mãe que teve o filho adotado e ficou anos sem vê-lo. Também com ajuda da Polícia Civil, ela conseguiu localizar o filho, tirado de seus braços em fevereiro de 1981, quando ela saía do Hospital Regional do Gama (HRG), onde deu à luz. Após seis anos de investigação policial, o homem foi encontrado. A confirmação de que se tratava de mãe e filho veio por meio de um exame de DNA.

O encontro entre os dois ocorreu logo depois da divulgação do resultado. Sueli foi até João Pessoa (PB), onde Ricardo Santos Araújo mora. Cercado de mimos e carinho em sua casa, na capital paraibana, o filho apresentou à mãe os três netos: uma menina e dois meninos, de 10, 9 e 7 anos, respectivamente. Em seguida, foi a vez de ele conhecer os parentes que moram no DF.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?