Mãe acusa segurança de esconder identidade ao matar filho: “Mascarado”
Mãe de cliente morto a facadas por segurança em frente a bar na QE 40 do Guará II comenta o assassinato do filho: “Queria ficar invisível”
atualizado
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Após a Justiça decidir que o assassino do filho vai a júri popular, Maria do Amparo Alves disse ao Metrópoles que acredita que o crime foi premeditado.
Luiz Fernando Alves da Silva, de 34 anos, foi morto a facadas pelo segurança Marciel de Sousa Barros em frente a um bar na QE 40 do Guará, na madrugada de 13 de fevereiro, terça-feira de Carnaval. Um vídeo mostra o momento do crime.
De acordo com a perícia, a vítima morreu com uma perfuração por arma branca no lado esquerdo do tórax, próximo ao coração.
Veja o vídeo:
Segundo ela, o fato de o segurança estar armado com a faca e usar capacete indica que ele já planejava atacar o filho e tentava esconder a identidade.
“Ele estava de capacete, como quem queria ficar invisível mesmo, para não parecer que era ele. Mascarado”, afirmou a mulher, que é pedagoga aposentada. “Chegou já com o intuito de matar meu filho. Ele já chegou de moto de capacete com a faca, tudo premeditado.”
Segundo uma testemunha disse a policiais da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) e à Justiça, o acusado costumava levar consigo spray de pimenta e soco em inglês para o expediente como segurança, e que já estava em posse da faca quando se dirigiu ao local do crime.
Ela disse que o segurança chegou de moto ao local do crime e encontrou Luiz em frente ao estabelecimento.
Ainda não se sabe ao certo quem teria começado a briga que culminou no homicídio. Testemunhas afirmaram que tanto Luiz quanto Marciel teriam dado início às agressões.
Para os advogados Bruno Freitas e Ailton de Oliveira, que auxiliam a promotoria, a motivação do crime foi fútil, e o réu agiu em um ambiente fechado, de forma que a vítima não pôde se defender.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Marciel por homicídio duplamente qualificado. O réu, no entanto, responde ao processo em liberdade.
Brigas frequentes
Sete testemunhas foram ouvidas pela Justiça na segunda-feira (3/6). De acordo com elas, a vítima e o réu tinham um longo histórico de confusões e brigas. “Quando a vítima chegava, colocavam o Marciel para dentro” para impedir confusões, afirmou um dos ouvidos.
Outra testemunha relatou que Luiz era cliente frequente do bar até ele ser proibido de frequentar o estabelecimento por causa de seu comportamento – ele supostamente costumava chegar em estado já alterado e apresentar comportamento invasivo com as mulheres frequentadoras.
Em uma situação relatada, Luiz também teria ameaçado voltar ao bar armado quando passasse em um concurso para a Polícia Penal.
A mãe da vítima rebateu as testemunhas dizendo que o filho “era uma pessoa do bem e estudioso”. “Nunca foi de fazer mal a ninguém. Agora inventam essas mentiras sobre o meu filho para acobertar a morte dele”, acrescentou.