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Lula manda carta à família de Sigmaringa: “Saudades para sempre”

Preso em Curitiba, o ex-presidente da República não teve autorização para ir ao velório do amigo e encaminhou mensagem e coroa de flores

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Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Amigos, políticos, autoridades e familiares se despedem de Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, 74 anos. O advogado morreu nessa terça-feira (25/12) e está sendo enterrado na tarde desta quarta (26) no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Por volta das 10h, a movimentação começou a ficar mais intensa. O enterro está marcado para as 16h30.

Sem autorização da Justiça para ir ao velório de Sigmaringa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso na Polícia Federal em Curitiba (PR), encaminhou uma coroa de flores à família do advogado.

O petista também enviou uma carta, que foi lida pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) no velório. “Foi com profunda tristeza que recebi a notícia da morte de meu grande amigo e companheiro de vida Luiz Carlos Sigmaringa Seixas. Nosso Sig teve a delicadeza de nos deixar no dia Natal, uma data em que a sensibilidade das pessoas está voltada para o amor e o bem, que foram a marca de sua passagem pela Terra. Saudades para sempre e um abraço carinhoso do amigo”, disse.

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Carta encaminhada por Lula à família e aos amigos de Sigmaringa
Carta encaminhada por Lula à família e aos amigos de Sigmaringa
Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal
Preso e sem autorização da Justiça para ir ao velório, o ex-presidente Lula mandou coroa de flores
Presidente do STF, ministro Dias Toffoli
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Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal

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Preso e sem autorização da Justiça para ir ao velório, o ex-presidente Lula mandou coroa de flores

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Advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay

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Sigmaringa deixa a esposa, Marina, e dois filhos

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Ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel

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Deputado distrital Chico Vigilante (PT), amigo de longa data de Sig

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Jofran Frejat, ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde do DF

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Ministro da Justiça, Torquato Jardim

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Ex-ministro da Previdência e do Trabalho Ricardo Berzoini

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Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, ministro do STF

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Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF

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Juliano Costa Couto, presidente da OAB-DF

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Romão Cícero de Oliveira, presidente do TJDFT

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Jaques Wagner, ex-governador da Bahia

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Lula lembrou a trajetória de Sigmaringa e disse que foi uma honra tê-lo como advogado. “Mas principalmente o privilégio de ter o Sig como amigo leal e generoso, convivendo familiarmente com você, Marina, e com nossa querida Marisa. Estes momentos são as melhores que levarei de você”, escreveu o ex-presidente.

Elogiou a “decência, ética, dignidade, independência e honestidade intelectual de Sigmaringa”. “Prova disso é que o convidei duas vezes para a nossa Suprema Corte e ele recusou, com o argumento de que não se sentia preparado para a função, praticando um desprendimento raro, mas não surpreendente vindo dele.”

Nas palavras finais, lidas com emoção por Vigilante, Lula destacou: “A vida segue, companheiro Sigmaringa. Com a certeza de que o seu sonho de um Brasil de paz, fraternidade de justiça social ainda se transformará em realidade, por obra do nosso povo maravilhoso e de pessoas como você”.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, esteve no velório e comentou a decisão da Justiça de não permitir a ida de Lula ao velório. “Está cumprindo um dispositivo legal. Mas, neste caso, é um amigo de mais de 30 anos, que era seu advogado e reconhecido quase como da família. Porém, é uma interpretação. Assim como, às vezes, interpreta ajudando também interpreta de outras formas. E o Lula lamentavelmente tem tido péssimas interpretações”, alfinetou.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, chegou cedo ao Campo da Esperança: “Pessoa extremamente importante para a história de Brasília e do Brasil. Foi relator da autonomia do Distrito Federal na Constituinte e isso transformou a cidade. Teve um papel importante na transição democrática, de conciliador, buscando unir as pessoas. Um bom amigo, jogávamos futebol juntos”.

Por volta das 11h, o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), chegou ao cemitério para se despedir de Sigmaringa. Ele ficou por cerca de 20 minutos no local. Na saída, fez muitos elogios ao advogado e amigo, que sempre o aconselhava.

“Nesse momento não tem esquerda, direita, não tem PT não tem MDB. Estamos perdendo um homem culto da mais alta relevância e qualidade na cidade. Brasília está aos prantos”, assinalou o advogado e ex-presidente da Ordem no DF (OAB-DF).

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também foi ao velório, por volta das 15h30. Ele lamentou a perda. “Foi uma grande referência política pelo seu legado ético, pela sua conduta, pela sua defesa aos diretos humanos. Fui eleitor, admirador, seguidor. Tenho ele como uma referência importante para a minha vida política”, pontuou.

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que Sigmaringa era um grande advogado. “Um exemplo para a profissão. Sempre desprendido na busca da justiça. Em momentos difíceis da força nacional, ele teve uma presença muito importante, por amor à democracia e à liberdade. Essa é a grande mensagem que ele deixou”, pontuou.

O ex-secretário da Saúde do DF Jofran Frejat (PP) e o deputado distrital Chico Vigilante também acompanham o velório desde as primeiras horas no Cemitério Campo da Esperança. “É uma grande perda. E ele ficou me devendo. Combinamos de tomar um vinho juntos, mas Deus vai dar um jeito”, disse Frejat.

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