Lotação de cemitérios preocupa GDF, que planeja reutilizar espaços em que indigentes estão enterrados

A Secretaria de Justiça estuda medidas para ampliar a capacidade dos seis cemitérios que funcionam no Distrito Federal. Reportagem do G1 mostra que em Taguatinga, por exemplo, a previsão para esgotar as vagas é um ano e meio. No Campo da Esperança de Brasília, o maior do DF e que atualmente tem espaço para mais nove mil jazigos, a lotação se esgote em cinco anos. Entre as alternativas estudadas estaria a reutilização de jazigos onde são enterrados os indigentes.

Ao portal, o coordenador de Assuntos Funerários da secretaria, , afirmou que “todo e qualquer jazigo na área social pode sofrer reutilização depois de cinco anos”. E reconheceu que a medida será tomada primeiramente em Taguatinga.

A reutilização, segundo o portal, é apoiada por um decreto editado pelo GDF em agosto de 1999. O texto prevê que “não havendo fato impeditivo, os despojos mortais [da área social] serão exumados e recolhidos em ossário, devidamente registrados e em conformidade com as prescrições sanitárias”.

Outra opção considerada, afirma Rocha na reportagem, é entrar em contato com famílias de túmulos inutilizados e sugerir a exumação: “São pessoas com grupo familiar pequeno ou que não moram mais no DF e aquele espaço não tem mais utilidade.”

Os cemitérios do DF são administrados por uma empresa privada desde 2002, que venceu uma licitação realziada pelo GDF. No DF, são realizados cerca de 900 sepultamentos por mês.

Confira a previsão de esgotamento de cada unidade:

• Brasília – 5 anos (9.094 jazigos disponíveis e 194.982 sepultados)
• Taguatinga  – 1,5 ano (3.261 jazigos disponíveis e 140.025 sepultados)
• Gama – 2 anos (1.266 jazigos disponíveis e 48.397 sepultados)
• Sobradinho – 10 anos (3.388 jazigos disponíveis e 24.532 sepultados)
• Planaltina – 5 anos (1.614 jazigos disponíveis e 34.292 sepultados)
• Brazlândia – 10 anos (1.548 jazigos disponíveis e 11.322 sepultados)

Com informações do G1