Lontra Sushi é a mais nova atração do Zoológico

Quem visitar o Zoológico de Brasília poderá conhecer a nova atração do espaço. Trata-se de um filhote macho de lontra, apelidado de Sushi. O animal foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental no dia 11 de agosto, em uma área rural de Samambaia, e aparentava estar saudável. Porém, por ser filhote e estar sozinho — suspeita-se que a mãe percebeu a movimentação humana e fugiu deixando a cria para trás —, os PMs decidiram levá-lo para o cativeiro.

Após ser levado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fazer exames clínicos com especialistas da Universidade de Brasília (UnB), constatou-se que o animal tinha uma bactéria típica de peixes como o salmão (daí o apelido), sendo rapidamente medicado. Após a confirmação de que estava saudável, foi transferido para o Zoológico, em 11 de setembro. A instituição não contava com uma lontra em suas dependências havia mais de 10 anos.

Chegando ao Zoo, Sushi passou um período em quarentena, na ala da maternidade, para que pudesse se adaptar à nova rotina, ao lado dos cuidadores do local. “Nessa hora, percebemos como ele era sociável e gostava de brincar com todo mundo. E dar umas boas mordidas também”, conta, aos risos, Carlos Eduardo Luzardo, um dos biólogos que trabalham na área dos mamíferos da instituição.

Em 22 de outubro, Sushi foi transferido para uma jaula de 40 metros quadrados, que conta com piscininha, árvore e uma toca usada para a alimentação — que inclui frango, carne bovina e rãs.

Não à toa, Sushi vem chamando atenção dos visitantes, que sempre dão uma boa olhada nas brincadeiras do bichano: ele não para um instante, pulando de um lado pro outro, fazendo vários mergulhos e até mesmo posando para os curiosos. Um dos hábitos mais “fofos” de Sushi é dar cambalhotas dentro da água enquanto esfrega a barriga. O ato arranca suspiros de qualquer turista que passa pelo local.

Questionado se o ideal não seria reinserir Sushi na natureza, a instituição afirma que isso não seria possível. “Filhotes dificilmente sobrevivem sozinhos. E, depois que vivem em cativeiros, não aprendem os métodos de defesa necessários para viver lá fora”, explica Luzardo.

Melancia
A jaula da lontra fica ao lado da área destinada para Melancia, a filhote de anta que ganhou este nome por conta das listras no corpo. Ela chegou ao zoo em maio deste ano, após resgate na Chapada dos Veadeiros, e era, até a chegada de Sushi, a mais recente atração do Zoológico. Melancia também vem ganhando a simpatia dos visitantes pelo andar desajeitado e por gostar de se aproximar das pessoas.