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Local onde mãe e filha estavam é conhecido como “Córrego da Morte”

Corpos de Shirley Ferreira e Tauane Rebeca foram encontrados na noite dessa segunda-feira, em Ceilândia

atualizado

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Gustavo Moreno/ Especial para o Metrópoles
Corpos de mãe e filha desaparecidas são resgatados de córrego em Ceilândia
1 de 1 Corpos de mãe e filha desaparecidas são resgatados de córrego em Ceilândia - Foto: Gustavo Moreno/ Especial para o Metrópoles

O local onde mãe e filha, dadas como desaparecidas desde 9 de dezembro, foram encontradas sem vida nessa segunda-feira (20/12) é conhecido como “Córrego da Morte”. “A vagabundagem fica por aqui direto. É um local perigoso”, explica o delegado chefe da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Gustavo Augusto da Silva Araújo.

Mãe e filha foram mortas no mesmo córrego onde Lázaro matou Cleonice

Moradores da localidade relatam que a região é frequentada diariamente por diversas pessoas. “Há pessoas de bem e bandidos que estão aqui para roubar, fazer o mal. É comum ouvir tiros na área. É um local perigoso”, relatou um homem que preferiu não se identificar. Ainda de acordo com o morador, ele viu Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e Tauane Rebeca da Silva, 14, adentrando a mata no último dia em que foram vistas com vida.

Shirlene e Tauane saíram de casa para, supostamente, darem um passeio nas proximidades do Córrego da Coruja, no Sol Nascente, Ceilândia. Mãe e filha não voltaram para casa, o que mobilizou o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) a iniciar uma operação de buscas.

Veja imagens do resgate dos corpos:

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Depois, resgataram o cadáver de Shirlene
Bombeiros retiraram primeiro corpo da adolescente
Local onde mãe e filha foram mortas é conhecido como "Córrego da Morte"
Corpo de Shirlene foi retirado do local na manhã desta terça
Polícia Civil do DF trabalha na perícia dos corpos
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Área é de difícil acesso

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Depois, resgataram o cadáver de Shirlene

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Bombeiros retiraram primeiro corpo da adolescente

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Local onde mãe e filha foram mortas é conhecido como "Córrego da Morte"

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Corpo de Shirlene foi retirado do local na manhã desta terça

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Polícia Civil do DF trabalha na perícia dos corpos

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Militares do Corpo de Bombeiros ajudaram no resgate dos corpos

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Bombeiros atuaram na região, por ser um local de difícil acesso

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Militares do CBMDF ajudaram nas buscas e também no resgate dos corpos

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PCDF e CBMDF trabalham em conjunto na ocorrência

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Corpos foram resgatados na manhã desta terça-feira

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Peças e roupas foram encontradas pelo caminho e podem auxiliar na investigação

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Foram 7 dias intensos, com ação de cães farejadores e uso de drones, na tentativa de encontrar as vítimas, que, até então, teriam sido possivelmente levadas por uma tromba d’água. A principal hipótese era de afogamento, mas a possibilidade foi descartada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

“Fizemos operação com várias buscas na extensão do córrego nas últimas semanas e descartamos essas possibilidades. Trabalhos de acordo com o que o leito do rio poderia nos informar. Ontem, após informações de testemunhas, voltamos ao local. É uma área de difícil acesso e na margem contrária à residência onde mãe e filha moravam”, comentou o aspirante a oficial do CBMDF João Manoel José Martinelli.

“Havia dificuldade de relevo e de atravessar os córregos. Tiramos primeiro o corpo da adolescente e depois o da mãe. Demos fim à essas buscas e lamentamos esse fim”, diz Martinelli.

Perícia

Após chegar ao local exato onde as vítimas foram achadas, o delegado-chefe da 19ª DP informou que os corpos estavam bastante deteriorados. “Não dava para identificar. Os bombeiros  removeram para um local acessível e o IML irá recolher.

O pastor da igreja que as vítimas frequentavam, reconheceu mãe e filha pela roupa da mãe da adolescente”, disse. “Elas estão debaixo da terra. Provavelmente, a chuva fez os corpos subirem um pouco”, detalhou Gustavo.

Ainda segundo o chefe da 19ª DP, o pastor conhece a região e relatou que a área é frequentada por indivíduos de má índole. Segundo testemunhas, o local é conhecido como “Córrego da Morte”. “O pastor disse que aconselhava as vítimas a não descer para tomar banho por ser uma região ruim. Vamos continuar recolhendo elementos para instaurar inquérito policial e dar sequência nas investigações. Vamos aguardar o resultado da perícia para chegar aos possíveis responsáveis”, acrescentou.

Os agentes trabalham com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). A principal evidência é uma mochila com os pertences que as duas levaram para o córrego, que não foi encontrada.

Até então, a investigação estava com a 23ª Delegacia de Polícia (P Sul). Nesta manhã, o delegado adjunto da unidade, Vander Braga, sinalizou que o caso passou para a 19ª DP (P Norte), que vai comandar as apurações.

“Esperamos conseguir fazer a perícia para continuarmos as investigações e os procedimentos para tentarmos uma linha de investigação, identificar a autoria delitiva e consequentemente a prisão de um ou mais indivíduos”, disse Gustavo.

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