“Loba do Tinder” usou nome falso para se matricular em academia do DF
No contrato, a estelionatária adotava outra identidade: se apresentava como Patrícia Cortez Kirch
atualizado
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Desdobramentos do caso que envolvem Patrícia Coutinho Pereira, conhecida como “Loba do Tinder”, apontam que a mulher acusada de aplicar golpes em mais de 100 homens usava nome falso. A mulher de 29 anos foi presa na última terça-feira (6/11) no Distrito Federal.
Para frequentar uma academia de São Sebastião, a estelionatária apresentou uma identidade com o nome de Patrícia Cortez Kirch. Ela se matriculou para aulas de musculação e ginástica, com mensalidades de R$ 148, mas quase não pôde frequentar a academia, pois foi presa três dias após a assinatura do contrato.
Patrícia era investigada pela 1ª DP (Asa Sul) desde maio de 2017 por estelionato, difamação e extorsão. Em fevereiro deste ano, respondeu na Justiça pela acusação de estelionato, mas o Ministério Público pediu o arquivamento dos autos por falta de “condição de procedibilidade e ausência de materialidade delitiva em relação ao crime”.
Durante a apuração, os investigadores descobriram que ela aplicava golpes que seguiam um modus operandi: após conquistar a confiança das vítimas, a mulher afirmava que um parente havia falecido e pedia empréstimos em dinheiro com o pretexto de ir ao velório.
Na maioria dos casos, Patrícia se apresentava como advogada ou empresária do ramo de cosméticos e, depois de seduzir e se envolver com os homens, conseguia convencê-los a fazer pequenos empréstimos.
Um dos homens teria emprestado um total de R$ 50 mil à golpista, no período de seis meses. Os investigadores calculam que ela tenha enganado mais de 100 homens, a maioria casados, que ficavam com receio de expor a situação e denunciar a mulher.
Ameaças
Investigadores da 1ª DP tiveram acesso ao conteúdo armazenado no celular de Patrícia. A mulher foi condenada a 2 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto, por denunciação caluniosa, e cumpre a pena no Presídio Feminino do Gama. As conversas mantidas entre a golpista e suas vítimas são alvo de perícia no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil.
Centenas de diálogos foram recuperados no aparelho, entre eles uma série de ameaças, coações e extorsões. Patrícia chegava a criar grupos, por meio do aplicativo WhatsApp, nos quais incluía amigos e familiares dos homens com quem se relacionava. “Quero o dinheiro na minha conta amanhã ou vou chutar o balde”, disse a “Loba do Tinder” após ter a ordem de depósito negada por uma das vítimas. A maioria dos homens eram casados.
Veja algumas mensagens enviadas pela acusada: