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Líder de bando que aplicava golpe em servidores ostentava luxo

Preso no Rio, Roniel Cardoso dos Santos é acusado de liderar quadrilha que tinha empresa na Asa Norte. Golpes chegam a R$ 50 milhões

atualizado

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O líder da quadrilha que aplicava golpes em servidores públicos com investimentos fictícios ostentava luxo nas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, que tem 158 mil seguidores, Roniel Cardoso dos Santos (foto em destaque) posa para fotos com carros de luxo, helicóptero e exibe cabeças de gado de sua propriedade, chamada por ele de Gold. Investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro comprovaram que uma das empresas de fachada montadas pela organização criminosa funcionava na Asa Norte. O local foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (10/10/2019).

De acordo com os investigadores, os criminosos captavam servidores públicos e outras vítimas para que fizessem empréstimos consignados e aplicassem o valor em investimentos fictícios, com ganhos vultuosos e incompatíveis com a realidade do mercado. A quadrilha pagava às vítimas pequenos lucros nos primeiros meses, mas depois as lesava sem devolver todo o montante aplicado. Para atrair clientes, o grupo exibia suas empresas em redes sociais e os atraía com ofertas de aplicações sedutoras.

O mandado judicial foi cumprido com auxílio dos policiais da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Cecor), delegacia especializada da Polícia Civil do DF. A empresa Fênix Assistência Pessoal funcionava no Setor Hoteleiro Norte.

A Polícia Civil do Rio prendeu Roniel dos Santos em um imóvel de luxo localizado em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. Na residência dele, os policiais encontraram uma grande quantia de dinheiro. Os bens obtidos com os golpes eram ostentados e retratados em mais de 200 fotos nas redes sociais.

O suspeito tinha bandas de forró e programa de TV no Maranhão. Em sua conta no Instagram, é possível ver os registros das viagens feitas pelo empresário a Londres, Bruxelas, Paris e Amsterdam. Além de fotos com celebridades brasileiras. A polícia acredita que todo o dinheiro obtido com os golpes era direcionado para manter a vida de alto padrão. Confira:

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Roniel Cardoso dos Santos dentro de carro de luxo
Ele ainda exibia foto com helicóptero
Na frente da Torre Eifel
Em cima de carro de luxo
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Roniel Cardoso dos Santos foi preso em operação da Polícia Civil

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Roniel Cardoso dos Santos dentro de carro de luxo

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Ele ainda exibia foto com helicóptero

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Na frente da Torre Eifel

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Em cima de carro de luxo

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Dinheiro apreendido na operação na casa dos suspeitos

Segundo as investigações, o grupo planejava se fortalecer politicamente no Maranhão, onde tinha ramificações com o lançamento de candidaturas a cargos eletivos, com a finalidade de se beneficiar financeiramente e dar respaldo e imunidade à quadrilha.

R$ 50 milhões

A investigação apura crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Além do DF, os investigadores fizeram buscas no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Maranhão. Foram expedidos seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão. De acordo com as investigações, o bando movimentou R$ 50 milhões em dois anos.

Os suspeitos que tiveram prisão temporária decretada são: Roniel Cardoso dos Santos, Laylson Santos dos Santos; Luciene Assunção; Luana Cardoso dos Santos; Gabriel Almeida Piquet de Oliveira; e Antônio Bruno dos Santos. Eles podem responder por associação criminosa e crimes contra a economia popular e consumidor.

Como funcionava

Além da Fenix, os criminosos usavam as empresas Gold Assistência Pessoal Eirele, RC Assistência Pessoal Eirele, Reali Promotora e Assistência Pessoal Eirele para que as vítimas, principalmente servidores públicos, fizessem empréstimo consignado para investir em agronegócio.

De acordo com a Polícia Civil, apenas uma pessoa depositou R$ 100 mil na conta de uma das empresas. Ao menos 200 pessoas caíram no golpe. A polícia obteve informações sobre a movimentação financeira dos investigados por meio de relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).

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