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Líder de atos golpistas se irrita com bolsonaristas: “Burros demais”

Ana Priscila Azevedo, que comanda grupo com mais de 55 mil pessoas, divulgou notícia antiga e se irritou com reações: “Jumentos, acéfalos”

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Líder de atos golpistas se irrita com bolsonaristas: "Burros demais"
1 de 1 Líder de atos golpistas se irrita com bolsonaristas: "Burros demais" - Foto: Reprodução

A posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem gerando conflitos diários entre quem defende um golpe de Estado e movimentos acampados em Quartéis-Generais Brasil afora. Em um dos grupos virtuais que mais fomenta ideias golpistas, a própria líder se irritou com bolsonaristas: “Vocês são burros demais!”, disparou.

As ofensas aconteceram no dia em que Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto. Ana Priscila Azevedo, líder de um grupo com mais de 55 mil pessoas no Telegram – autointitulado como “Resistência Civil” – postou uma notícia antiga e descontextualizada no canal. O fato causou revolta.

A notícia mostrava que o Brasil teve 100 generais nomeados marechais. O texto era de agosto de 2021 e os seguidores de Ana alertaram para a data, o que provocou a reação da mulher. “A hora que o ‘pau torar’ de verdade, eu não posso permitir uns jumentos, uns acéfalos aqui nesse chat, dizendo o seguinte: ‘A notícia é antiga’. Put* que par***, caral***. Por um acaso, os caras deixaram de ser marechais?”, questionou.

O envio de notícias sobre militares vinha movimentando diversos grupos bolsonaristas, mesmo que não houvesse qualquer relação com uma interferência no resultado das urnas. Ana Priscila Azevedo vem adotando táticas como essa para continuar dando esperança aos “intervencionistas”, mas não gostou de ter o erro apontado.

“Meu Deus do céu, bicho, vocês são burros demais. Put* que par***, velho. Put* que par***, não dá, não, galera. Não dá, não. Vocês vão se afogar sozinhos.”

Ela continuou o desabafo dizendo que “têm uns patriotas muito jumentos” e que iria removê-los do grupo, em uma “seleção”. Segundo a líder, não importa que a notícia fosse antiga, pois “a intervenção vem sendo construída há uns anos”.

“Nós estamos caminhando para a guerra. Isso aqui não são minhas palavras, não. Isso aí são as publicações do Diário Oficial. E no meio de uma guerra não dá para carregar peso morto não”, cutucou. Ana Priscila Azevedo se apresenta como intervencionista e tenta esquivar do posto de líder para evitar possíveis responsabilizações pelos atos.

Em novembro, ela fez um vídeo afirmando que recebeu uma intimação da Polícia Federal, “a mando de Alexandre de Moraes”, e teria uma oitiva em um inquérito “para perseguir líderes”. “Não existem líderes nesse movimento, o que existem são pessoas que tomam a frente”, disse. Na gravação, ela aproveitou para convocar mais manifestantes para a porta dos Quartéis-Generais.

“A tirania de Alexandre de Moraes está ligada à sua covardia. Porque enquanto estão aqui os patriotas acampando dias e dias sem um banho decente, o senhor e a senhora estão aí nas suas casas.”

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