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“Levei o artefato”, diz à CPI acusado de tentar explodir caminhão perto de aeroporto

Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado à bomba em Brasília, depõe em CPI nesta quinta-feira

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1 de 1 Imagem colorida de Alan Diego dos Santos, blogueiro confenado pela tentativa de atentado à bomba em Brasília - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado a bomba em Brasília, admitiu que colocou o “artefato” no caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília. Ele presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na manhã desta quinta-feira (29/6).

“Quem orientou [a colocar a bomba] foi o George Washington. Nunca neguei nada de fatos com delegados. No depoimento que eu dei, eu [afirmei que] levei o artefato ao caminhão. Não instalei, não sei mexer com isso aí. Ninguém instala alguma coisa que está pronta. Quem aprontou foi o George Washington.”

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Alan admitiu que colocou o “artefato” no caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília.
Entre várias perguntas não respondidas, ele afirmou, brevemente, que estava sendo ameaçado
O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), questionou se as ameaças vinham da extrema-direita da política. Alan foi categórico: “Sim”
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Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, presta depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF

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Entre várias perguntas não respondidas, ele afirmou, brevemente, que estava sendo ameaçado

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O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), questionou se as ameaças vinham da extrema-direita da política. Alan foi categórico: “Sim”

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Entre várias perguntas não respondidas, ele afirmou, brevemente, que estava sendo ameaçado. O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), questionou se as ameaças vinham da extrema-direita da política. Alan foi categórico: “Sim”.

Em outro trecho do depoimento, ele negou que tinha intenção de realizar qualquer explosão, mesmo levando a bomba até o caminhão-tanque. “A bomba nunca ia explodir. Da minha parte, não tinha explosão. Da parte do George Washington, não sei, tem que perguntar para ele.”

As falas confusas sobre o que motivou a colocação da bomba não deixaram os deputados satisfeitos. Alan Diego chegou a dizer que, após colocar o artefato, ele mesmo teria ligado para a polícia para evitar uma explosão. “Minha parte eu tinha feito, foi por um ato de ameaça. Várias pessoas me ameaçaram. Não posso falar quem me ameaçou. Mas foi mais de uma pessoa. Ameaça à minha vida”, comentou.

Os distritais questionaram várias vezes, por diversas formas, que tipo de ameças foram essas. A explicação foi confusa. “Se você está vendo várias pessoas fazendo esse tipo de reunião ‘que vai fazer’, aí você não acredita, aí você fica vendo que vai ter. Aí você é acostumado a trabalhar com a Polícia Militar e a Polícia Civil. Eu não precisava falar isso aqui, mas estou falando. Eu faço parte da inteligência, mas não sou remunerado. Não é agente secreto, eu ajudo.”

Em depoimento à Polícia Civil do DF, no entanto, ele não citou essas supostas ameaças, além de dizer que os manifestantes bolsonaristas acreditavam que uma explosão “atrairia atenção do Bolsonaro para invocar o art. 142 e fazer a intervenção”.

Depoimentos

Os dois condenados pela tentativa de explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília, em um ataque político contra o resultado das urnas, são ouvidos hoje. Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa prestam depoimento desde as 9h30. Acompanhe:

Eles planejaram a explosão na véspera do Natal do ano passado. A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico.

Em maio, Alan foi condenado a 5 anos e 4 meses, em regime inicial fechado. Já George terá que cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão, também em regime fechado. Presos no Complexo Penitenciário da Papuda, eles foram escoltados à Câmara Legislativa nesta manhã. Os ouvidos terão garantido o direito ao silêncio, de acordo com decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 15 de junho.

“Espero que os depoentes respondam as perguntas feitas pelos integrantes da Comissão e não fiquem calados, como fez o senhor George Washington, em outra oitiva, em que ele não respondeu a maioria das perguntas e recorreu ao direito de permanecer calado. Solicitei aos delegados que assessoram a CPI, para irem ao presídio intimá-los e discutir com as autoridades de segurança sobre o transporte dos dois até a Câmara Legislativa, para que eles participem da oitiva”, disse o presidente da CPI, Chico Vigilante (PT).

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