Letícia, advogada vítima de Marinésio, será nome de praça no DF
Câmara Legislativa convoca audiência pública em março, em Planaltina, para discutir projeto de lei que cria Praça da Mulher a homenageando
atualizado
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O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Rafael Prudente (MDB), convocou audiência pública para o dia 9 de março, no auditório da subseção da OAB em Planaltina. O tema será um projeto de lei do deputado Cláudio Abrantes (PDT) que pretende homenagear a memória da advogada Letícia Curado, morta em agosto de 2019, criando em Arapoanga uma Praça da Mulher com o nome dela.
O local escolhido para a instalação da Praça da Mulher — Leticia Curado é, hoje, uma área verde em Planaltina, no Setor Habitacional Arapoanga, bairro onde vivia a advogada.
“Vale ressaltar que o nome de Letícia estampado em uma praça não se limita a sua morte precoce, mas representa a vida de milhares de mulheres que sofrem abusos. Queremos dar cada vez mais voz ao enfrentamento ao feminicídio”, justificou Abrantes no projeto.
A morte da advogada e servidora terceirizada do Ministério da Educação de 26 anos chocou o Distrito Federal. Foi a primeira a ser enquadrada como feminicídio cometido em razão do desprezo ao gênero feminino na cidade. Também desencadeou o trabalho policial que levou ao maníaco Marinésio.
O projeto de lei foi protocolado no fim de outubro do ano passado, quando Claudio Abrantes recebeu a indicação para fazer parte da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio, no âmbito da CLDF. “Esse crime é uma barbárie que precisa ser erradicada. Um mal que, definitivamente, não tem vez nem espaço em nossa sociedade”, disse, à ocasião.
O procedimento da CLDF segue a lei distrital 4.052, de 2007. Ela indica que poderão ser escolhidos nomes de pessoas falecidas, desde que tenham, comprovadamente, prestado relevantes serviços ao Distrito Federal, ou se destacado nos diversos campos do conhecimento humano, como cultura, educação, artes, política, filantropia e outros.