Leite sobe 27,30% no DF. Veja 10 itens com maior alta em julho
Apesar de o IPCA ter apresentado queda de 0,98% em julho, no DF, alguns itens, como leite e derivados, tiveram alta de preços significativa
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter apresentado queda de 0,98% em julho, em Brasília, alguns itens tiveram alta de preços significativa. Pelo segundo mês seguido, o leite longa vida permanece como vilão para o bolso dos clientes com uma alta de 27,30% – no país, foi de 25,46%. O produto vendido em caixinha, em junho, teve aumento de 17,79%. Entre os grupos pesquisados, o leite e derivados também chama atenção com um aumento mensal de 14,86%.
Inflação: leite, queijo e manteiga ficam mais caros em julho
Os dados do IPCA foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (9/8). Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação em julho: Transportes (-6,45%), Habitação (-0,19%) e Educação (-0,07%).
Por outro lado, outros seis grupos tiveram alta de preços no mês passado:
- Vestuário (2,21%);
- Alimentação e Bebidas (1,99%);
- Artigos de Residência (1,74%);
- Despesas Pessoais (0,80%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,49%);
- Comunicação (0,29%).
Em relação a vestuário, roupa infantil foi o que mais aumentou em julho: 2,64%. Por outro lado, tecidos e armarinho tiveram queda de 0,24%.
O Metrópoles preparou uma tabela para mostrar os itens que tiveram maior alta e os com maior queda em alguns setores. Confira:
Altas por produto
Falando sobre as altas por produto, o topo da lista dos 10 vilões responsáveis por puxar para o alto a inflação no DF é a melancia, que subiu 30,39%; seguido do leite longa vida (27,30%) e do mamão (18,21%). Confira a lista completa:
Top 10 dos vilões da inflação de julho do DF:
- Melancia – 30,39%;
- Leite longa vida – 27,30%
- Mamão – 18,21%
- Leite e derivados – 14,86%
- Banana d’agua – 12,14%
- Passagem aérea – 10,97%
- Mandioca – 8,71%
- Frutas – 8,48%
- Transporte por aplicativo – 7,99%
- Queijo – 6,98%
Em compensação, e acompanhando a deflação do mês na capital federal, outros 10 produtos corroboraram para a queda do índice. Os mais relevantes para o cenário foram tomate, gasolina e combustíveis Veja:
Veja 10 itens que mais diminuíram de preço no mês no DF:
- Tomate – 20,79%
- Gasolina – 19,89%
- Combustíveis (veículos) – 18,54%
- Batata-Inglesa – 16,88%
- Etanol – 13,45%
- Tubérculos, Raízes e Legumes – 12,35%
- Pimentão – 10,15%
- Transportes – 6,45%
- Artigos de maquiagem – 5,72%
- Cenoura – 4,59%
Leite e derivados
Segundo o economista César Bergo, professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), a guerra entre Rússia e Ucrânia e o reaquecimento do mercado em função da desaceleração da pandemia neste ano provocaram um aumento de demanda e uma alta no preço das commodities (produtos básicos globais não industrializados).
“Também houve alta no preço dos insumos para criar o gado, por conta do clima — as chuvas vieram fora do tempo. O diesel ficou mais caro, então o frete aumentou… Com isso, sobe leite, manteiga, requeijão”, explica.
“O leite vem subindo, e não é de hoje. Nos últimos meses tem sido um dos itens que mais aumentou […] Resta ao consumidor pesquisar para encontrar o melhor preço”, acrescenta Bergo.
Inflação no Brasil
Apesar da deflação em julho, ou seja, a queda geral de preços, a alimentação ainda continua pesando no bolso do brasileiro. Alimentos primários da cesta básica encareceram até 25% em julho.
No grupo Alimentação e bebidas, que teve ata de 1,30%, o destaque ficou com a alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho.
O maior impacto no índice do mês (0,22 p.p.) veio do leite longa vida, que subiu 25,46%, cujos preços já haviam subido 10,72% no mês anterior.
Veja o que mais subiu no setor de alimentação:
- Leite longa vida: 25,46%
- Leite condensado: 6,66%
- Manteiga: 5,75%
- Queijo: 5,28%
- Frutas: 4,40%